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Lindo, sensível e poderoso: o filme brasileiro mais bonito de 2025 acaba de chegar à Netflix Divulgação / Telefilmes

Lindo, sensível e poderoso: o filme brasileiro mais bonito de 2025 acaba de chegar à Netflix

Uma mãe empenhada em proteger os filhos da violência doméstica carrega em si uma força poderosa. Depois de perceber que não tem mais nada, nem um teto sobre a cabeça ou dinheiro guardado para um imprevisto, ela rompe marcha pela cidade interminável, sabendo que tem a si mesma. Isto é só o começo em “A Melhor Mãe do Mundo”, uma história como milhares de outras pelo Brasil, contada num misto de lamento e poesia.

O filme no Prime Video que faz as pessoas pararem no meio porque o corpo treme de verdade Divulgação / Universal Pictures

O filme no Prime Video que faz as pessoas pararem no meio porque o corpo treme de verdade

A história acompanha uma mulher que tenta retomar a vida afetiva e vê a noite virar um cerco remoto. O filme trabalha com tempo curto, espaço controlado e ordens que aceleram decisões. A cada aviso recebido no celular, o objetivo de sair do jantar em segurança muda de escala e de urgência. A direção conduz a ação para dentro de um restaurante e, dali, para a cabeça da protagonista. O suspense nasce de escolhas práticas e de ameaças verificáveis, sempre ligadas a pessoas e lugares nomeados.

O olhar delicado de Ang Lee sobre Jane Austen que rendeu um Oscar e está na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

O olhar delicado de Ang Lee sobre Jane Austen que rendeu um Oscar e está na Netflix

Há algo deliciosamente anacrônico em assistir “Razão e Sensibilidade” hoje, como se abríssemos uma janela para um mundo em que a emoção usava espartilho e o decoro ditava até o ritmo das lágrimas. O filme de Ang Lee, com roteiro de Emma Thompson, não é apenas uma adaptação fiel de Jane Austen: é um duelo refinado entre a contenção e o desvario, entre o que se sente e o que se ousa dizer. E talvez seja justamente essa tensão, essa hesitação entre o que pulsa e o que se permite, que faz dele um dos retratos mais humanos já filmados sobre a linguagem do afeto.

A lógica do absurdo: por que obra com Joaquim Phoenix, na Netflix, é o melhor filme niilista que você ainda não viu Divulgação / Sony Pictures

A lógica do absurdo: por que obra com Joaquim Phoenix, na Netflix, é o melhor filme niilista que você ainda não viu

Woody Allen talvez seja o último romântico do niilismo. Em “O Homem Irracional”, ele se diverte, e se confessa, na pele de um filósofo atolado em angústia, cuja lucidez virou anestesia. Abe Lucas, vivido por Joaquin Phoenix, é um professor que carrega na barriga o peso de suas dúvidas existenciais e na mente a insolência de quem leu demais para acreditar em qualquer salvação.