O clássico da literatura canadense que o cinema transformou em uma elegia sobre amor, dever e destino
Em “A Escolha de Maria”, o território é mais que pano de fundo: é o verdadeiro antagonista. O Quebec rural do início do século 20 não acolhe, impõe. Entre troncos abatidos e campos gelados, a vida se equilibra entre o esforço e a resignação. A floresta, com sua beleza austera, guarda algo de tribunal moral. É ali que Maria, filha de colonos, tenta decidir qual destino suportará viver. Seus pretendentes representam menos o amor do que ideias de futuro: o lavrador simboliza o enraizamento, o aventureiro encarna o apelo da liberdade e o homem rico da cidade carrega a ilusão de progresso.






