O mestre do absurdo: Joaquin Phoenix vive o anti-herói que Camus escreveu antes mesmo de nascer
Girando sobre o eixo da necessidade da fundação de um mundo melhor — sem que se saiba exatamente o que viria a ser isso, nem de que maneira atingi-lo —, “O Mestre” desdobra-se como se quisesse fazer uma denúncia, ao mesmo tempo que é profundo demais para caber em tal rótulo. Diretor meticuloso, Paul Thomas Anderson compõe um drama psicológico sobre um veterano perturbado, voltando sem rumo da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), até deparar-se com o líder de uma seita pseudo-filosófica e pseudo-religiosa que o acolhe.