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Filme coreano com humor amoral e caos político vira a melhor surpresa do ano, na Netflix Divulgação / Netflix

Filme coreano com humor amoral e caos político vira a melhor surpresa do ano, na Netflix

A primeira impressão diante de “Good News” é a de um jogo cuidadosamente armado para sabotar expectativas. A narrativa começa como se alguém tivesse decidido transformar um episódio tenso da história recente do Japão numa espécie de farsa controlada, e a ousadia dessa escolha funciona porque o filme entende perfeitamente o terreno frágil em que pisa. Há senso de risco, mas também um prazer quase insolente em testar os limites do riso diante de um evento real que, em 1970, poderia ter terminado de forma trágica.

O drama criminal mais afiado de Scorsese está no Prime Video — e conversa com 2025 mais do que nunca Divulgação / Universal Pictures

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A primeira imagem de “Casino” estabelece de imediato a tensão que rege todo o filme: a promessa de controle confrontada com a evidência da desagregação. Essa dissonância orienta a trajetória de Sam “Ace” Rothstein (Robert De Niro), cuja confiança na lógica e no cálculo contrasta com a dinâmica imprevisível que sustenta Las Vegas. Ele acredita que um sistema pode ser conduzido como um mecanismo matemático; a narrativa se encarrega de demonstrar o limite dessa crença.

Romance francês épico inspirado por Orfeu e Eurídice estreia no Prime Video e promete provocar uma saudade que não tem nome Divulgação / Pyramide Distribution

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“Retrato de uma Jovem em Chamas” cria um tipo de fascínio raro: aquele que não começa no enredo, mas na vibração que antecede qualquer palavra. Existe algo quase insolente na forma como o filme se recusa a oferecer pressa ao espectador, como se dissesse que certas experiências não suportam atalhos. A lentidão inicial, tão mal interpretada por quem espera estímulo imediato, funciona como um ritual silencioso para aproximar o olhar daquilo que realmente importa: dois corpos que aprendem a se reconhecer antes de se tocar.

A volta do thriller que virou referência mundial em mistério e perturbação na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

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A inquietação provocada por “Ilha do Medo” não é resultado apenas do desfecho que reorganiza o sentido de tudo o que se viu, mas da maneira como a narrativa exige que o espectador revise a própria confiança na percepção. A construção de Andrew Laeddis, disfarçado na figura de Teddy Daniels, funciona como um dispositivo que tensiona a noção de lucidez ao extremo. Ao longo do filme, cada movimento do personagem conduz o público a uma investigação que parece se expandir de maneira lógica, quando, na verdade, opera como um círculo que retorna invariavelmente a um ponto traumático que o protagonista recusa a enfrentar.

Se você não rir por 100 minutos com essa comédia da Netflix, revise seu senso de humor John P. Johnson / New Line Productions

Se você não rir por 100 minutos com essa comédia da Netflix, revise seu senso de humor

Quando relações de trabalho deslizam para humilhação e abuso, a comédia encontra material para ampliar o impulso de revide. Em “Quero Matar Meu Chefe”, Seth Gordon utiliza humor negro para observar subordinados acuados por chefes que confundem autoridade com crueldade. A sátira se apoia na rotina corporativa e no comportamento do trio central, mostrando como pressões constantes moldam conversas, decisões impulsivas e modos de convivência em um escritório que funciona mais por medo que por liderança.