Crônicas

Se não fosse a esperança, já estaríamos todos mortos

Se não fosse a esperança, já estaríamos todos mortos

Em tempos de pessimismo, podemos passar pela vida entregues às cores sem brilhos e às manhãs cinzentas. Podemos erguer muros ao redor de nós mesmos para fugir da verdade. Ou podemos nos afogar em poesia, como eu mergulhei em Drummond, Manoel de Barros, Mario Quintana, Manuel Bandeira, Ferreira Gullar e Fernando Pessoa.

O bullying que mudou minha vida

O bullying que mudou minha vida

Como alguém vira humorista? Não sei como os outros transformam-se nos bobos da corte da sociedade, mas posso lhes contar o meu processo. Estávamos num ônibus de excursão indo, com colegas da quinta série, para a nossa primeira viagem sem os pais. O futuro era alvissareiro, o ônibus das meninas viajava na frente do nosso e não havia aula de Educação, Moral e Cívica nas próximas horas.

A tragédia nos humaniza, nos iguala e nos une na dor

A tragédia nos humaniza, nos iguala e nos une na dor

O tempo diz muito, mas, não é o senhor absoluto. A morte, essa sim, é quem põe as cartas na mesa. Hanna quis se refrescar, dar um mergulho e morreu afogada numa cachoeira em Alto Paraíso. Queria tanto matar a morte. Queria tanto escutar um tango, me embebedar, me enveredar na vastidão de um pesadelo com início, meio e fim. Afinal, quanto mais sonho, mais valente eu fico.

Aconteceu em Paris

É incrível a força que as coisas parecem ter quando elas não precisam acontecer. Nas relações interpessoais, não é diferente. Osmir tinha prometido a Silvânia que, quando noivassem, comemorariam em Paris. Ela meio que deu de ombros. O namorado era um fofo, entretanto era difícil crer que ele a levasse a passear, de mãozinhas dadas, na beira do Sena num fim de tarde.