Crônicas

Viver é aprender a dizer adeus para certas coisas

Viver é aprender a dizer adeus para certas coisas

Os momentos eternizados por essas fotos nos mostram que não podemos mudar o passado, mas podemos aceitá-lo e seguir em frente. É que a percepção do passar do tempo nos traz a nebulosidade da vida: vivemos entre o sonho e a realidade. Como disse Lya Luft, “as contradições do tempo são as nossas: ele mata, ou eterniza, e para sempre estará conosco aquele cheiro, aquele toque, aquele vazio, aquela plenitude, aquele segredo”.

Armas foram feitas para matar. O resto é o argumento primitivo do olho por olho, dente por dente

Armas foram feitas para matar. O resto é o argumento primitivo do olho por olho, dente por dente

Rejeito veementemente a noção infantil, rasa e preconceituosa que anda circulando por aí de cidadão do bem. A falta de dinheiro não é a única responsável pelo crime. Reconheçamos, a conjuntura interfere. E justificar assassinatos de supostos bandidos com o argumento da autoproteção é optar pelo conformismo imediatista, primitivo e perigoso do olho por olho, dente por dente.

A infância com os avós é a nossa melhor saudade

A infância com os avós é a nossa melhor saudade

A infância com os avós é a nossa melhor lembrança. Quando penso na menina que fui, ouço as gargalhadas do vovô e as músicas da vovó — e me sinto bem. Todas essas memórias de amor e carinho são de um tempo que nunca mais voltará; mas, também, é um tempo que nunca foi embora. É que nossos avós não morrem: eles vivem na nossa saudade.

Esteja você onde estiver, o novo ano será melhor

Esteja você onde estiver, o novo ano será melhor

Rendidos aos encantos da renovação, brindamos a virada de página cientes de que a troca de calendário não tem o poder de apagar as dores, resolver as pendências, colar os cacos deixados pelas pelejas que cruzaram nossos passos de janeiro a dezembro. Mas pode nos acariciar com a ideia de que, findado o ciclo, nos preenchemos com a força necessária para prosseguir.