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Rir da desesperança: o humor negativo em Graça Infinita, de David Foster Wallace

Rir da desesperança: o humor negativo em Graça Infinita, de David Foster Wallace

David Foster Wallace, em Graça Infinita, constrói uma narrativa rica e multifacetada que explora os meandros da condição humana. Considerado um dos grandes romances do século 20, a obra é marcada por seu humor ácido e uma crítica contundente à sociedade moderna. Através de personagens complexos e situações absurdas, Wallace nos convida a refletir sobre nossa obsessão pelo entretenimento e as armadilhas da vida contemporânea. Com uma prosa densa e cheia de nuances, Graça Infinita desafia e envolve o leitor, oferecendo uma visão perspicaz e muitas vezes desconcertante da existência humana.

Em caso de despressurização da cabine…

Em caso de despressurização da cabine…

Nos aviões, o familiar aviso de segurança sobre máscaras de oxigênio tomou formas inusitadas e satíricas, refletindo diferentes perspectivas sociais e políticas. Desde negacionistas desconfiando da necessidade das máscaras, passando por evangélicos que as veem como ferramentas do demônio, até liberais que esperam que você compre sua própria máscara. Cada versão adaptada desse anúncio revela um comentário cultural sobre como diferentes grupos podem interpretar uma simples medida de segurança de maneiras profundamente variadas.

Influenciadores digitais me influenciam a não me deixar influenciar por suas idiotices

Influenciadores digitais me influenciam a não me deixar influenciar por suas idiotices

Fui influenciado pela lua. Eu nasci à noite, sob um escarcéu de grilos e de gritos. Fui influenciado pelas graves cólicas lancinantes de minha mãe, pelos calafrios de terror de meu pai e pelos tapas no traseiro desferidos por um médico calvo embriagado. Acima de tudo, fui influenciado pela vertigem da dor e do riso. Fui também influenciado pela professora amorosa que tinha nome de rosa, pelos desenhos animados e pelo desânimo do meu velho com os rumos tomados pela humanidade.

S não é Shakespeare; P não é Proust; J não é Joyce; mas K é Kafka

S não é Shakespeare; P não é Proust; J não é Joyce; mas K é Kafka

A literatura possui o poder único de capturar a essência humana em meras letras. Entre os titãs da literatura mundial, Franz Kafka se destaca como um símbolo literário identificável por uma única letra: K. Este ensaio explora como Kafka, através de suas obras intrigantes e complexas, desafia as convenções e toca profundamente nas inquietações humanas. Ao mergulharmos em seus textos, descobrimos que K não é apenas uma inicial, mas uma chave que abre portas para os recantos mais sombrios da psique humana.

A nova dieta da humanidade

A nova dieta da humanidade

Eu sempre fui gordo. Em algumas épocas, quando estava com o peso mais controlado, eu era chamado de gordinho, cheinho, fofinho ou forte, sempre variando em torno de maneiras de lembrar que eu ainda estava acima do peso. Em épocas em que eu metia o pé na jaca, escancarava nos doces e nas massas, eu deixava de ser chamado por nomes fofinhos e entrava na área dos epítetos mais escrotos, digamos assim, coisas como Bolão, Baleia, Parrudo e congêneres.