Resultados para: listas

4 filmes que me ensinaram mais que anos de terapia Divulgação / Paramount Pictures

4 filmes que me ensinaram mais que anos de terapia

Bons filmes têm o condão de transformar o caos do existir em narrativa, dando sentido ao absurdo e até oferecendo os sinais que recusa-nos a própria vida. Terapias ortodoxas exigem tempo, paciência, empenho e podem não surtir efeito. Comigo era bater e valer: quando, em tardes de calor e secura, cabulava aula e ia me meter na sala imensa do Cine Brasília (sem ar-condicionado a época), sabia que ao cabo daquelas duas horas, pouco mais, pouco menos, teria a resposta matadora para alguns de meus ridículos dilemas juvenis. Desse modo operam os quatro títulos dessa lista, provando que cinema bom é o que faz-nos sair de nós.

15 filmes que você só vai assistir uma vez — e vai lembrar para sempre Divulgação / Film1

15 filmes que você só vai assistir uma vez — e vai lembrar para sempre

Bons filmes legam marcas, cicatrizes, memória. São manifestações artísticas que declinam do conforto da repetição, criando uma desordem bastante específica, impossível de ser vivida em todo o seu esplendor e riqueza mais de uma vez e, por paradoxal que soe, isso nada tem a ver com efeitos visuais grandiosos ou reviravoltas mirabolantes: o que há neles é verdade, a mais crua e a mais perturbadora. Na era do fast-food cultural, de produções cuja motivação original é agradar o implacável algoritmo, esses trabalhos impõem-se como monumentos de integridade artística e, por isso mesmo, são inesquecíveis. É o caso dos quinze longas citados aqui.

6 livros que todo mundo ama e eu odiei com todas as minhas forças

6 livros que todo mundo ama e eu odiei com todas as minhas forças

Sabe aquela sensação de estar na contramão de uma multidão apaixonada, como quem vai a um show e, no exato refrão que faz todo mundo chorar, sente apenas vontade de ir embora? Foi exatamente isso que vivi lendo cada um desses livros. Enquanto a internet declarava amor eterno, eu me via implorando por um enredo que me despertasse algo além do bocejo. Claro, o problema podia estar em mim, talvez meu coração esteja endurecido ou minha paciência com personagens intensos demais, introspectivos demais ou apenas prolixos demais tenha simplesmente se esgotado.

Roberto Bolaño foi transformado em messias literário por hype editorial

Roberto Bolaño foi transformado em messias literário por hype editorial

Bolaño não morreu. Ou melhor, morreu, sim, claro, 2003, Barcelona, fígado em ruínas. Mas é como se não tivesse morrido. A cada dois ou três meses, ele ressurge — em coletâneas, inéditos escavados em pastas esquecidas, reedições com novas capas, novas traduções, novas prefácios assinados por jovens críticos ansiosos por sentar ao lado dele na eternidade. Nunca é suficiente. Bolaño virou voz de oráculo, farol de gerações, tatuagem de curso de letras. E o mais estranho: há algo verdadeiro ali. Mas também há um truque. E o truque não é invisível. É imenso, impresso em papel cuchê. E já dura tempo demais.

Seremos obrigados a falar TODES? A nova gramática da militância

Seremos obrigados a falar TODES? A nova gramática da militância

Uma revolução lenta, mas estrepitosa, tem provocado fervorosos debates no Brasil e em outros países de língua latina: o vocabulário neutro. O todes, afinal, veio para ficar? A resposta curta é não. Entretanto, para que se chegue a uma constatação definitiva, há que se ter em análise as nuanças culturais, políticas, idiomáticas e até filosóficas que têm forjado a tal metamorfose, sintoma de um mundo que parece disposto a rejeitar tudo quanto cantava a velha musa — sem, contudo, saber precisar o valor do que deseja eleger como o novo parâmetro.