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Filme que quase fez o Oscar ser cancelado por premiar ator acusado de assédio, na Netflix Divulgação / Prime Video

Filme que quase fez o Oscar ser cancelado por premiar ator acusado de assédio, na Netflix

Há filmes que sussurram enquanto o mundo grita. “Manchester à Beira-Mar” é um desses raros exemplares que, em vez de oferecer explicações, insiste em deixar que as rachaduras falem por si. Kenneth Lonergan escolhe, deliberadamente, não preencher os vazios: ele os amplia. O luto, nesse universo gélido e repleto de silêncios incômodos, não é uma fase a ser superada, mas um estado crônico, um tipo de exílio interior. Desde os primeiros minutos, é possível perceber que o filme não conduz seu protagonista rumo à cura, mas o força a coexistir com a dor — como quem aprende a respirar num quarto sem janelas.

Filme que fez as pessoas desmaiarem e vomitarem nos cinemas é também maior bilheteria de língua não inglesa da história, na Netflix Divulgação / Icon Productions

Filme que fez as pessoas desmaiarem e vomitarem nos cinemas é também maior bilheteria de língua não inglesa da história, na Netflix

Mel Gibson não filmou “A Paixão de Cristo” como quem deseja contar uma história — ele a esculpiu como quem escava uma ferida. A escolha de retratar, com obsessiva minúcia, os momentos finais da vida de Jesus vai bem além de um exercício devocional ou histórico. O filme não sugere empatia; exige confronto. Com o idioma original da época e uma câmera que se recusa a desviar o olhar da tortura, o longa expõe um corpo desfigurado como ícone da fé, rasgando o verniz estético que usualmente envolve narrativas religiosas e substituindo-o por carne aberta, ossos expostos e silêncio forçado.

A série da Netflix que foi vista 100 milhões de vezes — e você nem ficou sabendo que existia Vishal Sharma / Netflix

A série da Netflix que foi vista 100 milhões de vezes — e você nem ficou sabendo que existia

Mergulhada em uma atmosfera de tensão constante, esta minissérie conduz o espectador por um labirinto de segredos, onde a dor do luto se mistura à paranoia e cada pista desafia a lógica. Ao transformar uma perda pessoal em um jogo de espelhos turvos, a narrativa expõe o abismo entre o que se vê e o que se pode acreditar, mantendo a dúvida como única certeza possível — mesmo quando tudo ao redor insiste em oferecer respostas fáceis.

Baseado em fatos reais e dirigido por um desconhecido: o filme da Netflix que desbancou Nolan, Scorsese e Steven Spielberg Divulgação / Motion Blur Films

Baseado em fatos reais e dirigido por um desconhecido: o filme da Netflix que desbancou Nolan, Scorsese e Steven Spielberg

Ao reconstruir a trajetória de um agente da resistência norueguesa na Segunda Guerra, “Número 24” se distancia das convenções glorificadoras do gênero bélico. Em vez de enaltecer feitos heroicos, o filme mergulha nas zonas ambíguas do dever patriótico, confrontando o espectador com as implicações éticas de matar em nome da liberdade e com as cicatrizes emocionais que o tempo não apaga, mesmo sob o disfarce da vitória.

Mais assistida que Stranger Things e Round 6: a série que parou o mundo e ocupa o Top 1 da Netflix Divulgação / Netflix

Mais assistida que Stranger Things e Round 6: a série que parou o mundo e ocupa o Top 1 da Netflix

“Black Mirror” é, sempre foi, uma análise cirúrgica do presente, ainda que envernizada com tecnologias ligeiramente adiantadas no calendário. Em 2025, esse presente se tornou tão intrusivo e incômodo que a série não precisa mais especular — apenas documenta. A sétima temporada é, nesse sentido, a mais honesta e devastadora: não há como fugir para o amanhã, porque o agora já é distópico demais. E o primeiro episódio, “Pessoas Comuns”, é o epicentro dessa constatação.