Resultados para: Netflix

O romance mais grotesco da Netflix virou obsessão de Tarantino — e ninguém entende por quê Divulgação / Neon

O romance mais grotesco da Netflix virou obsessão de Tarantino — e ninguém entende por quê

Num deserto isolado e anárquico, onde a civilização desintegrou-se em delírios e rituais de sobrevivência, uma mulher mutilada tenta atravessar a paisagem hostil com a fúria de quem já perdeu tudo. Em “Amores Canibais”, Ana Lily Amirpour esgarça os limites entre crueldade e afeto, construindo uma distopia visceral em que cada gesto é ambíguo, e cada vínculo, uma negociação com o abismo.

O filme na Netflix com Brad Pitt que vale mais do que 10 livros de autoajuda — e foi indicado a 6 Oscars Divulgação / Columbia Pictures

O filme na Netflix com Brad Pitt que vale mais do que 10 livros de autoajuda — e foi indicado a 6 Oscars

Entre planilhas e bastidores silenciosos, “O Homem que Mudou o Jogo” transforma o beisebol em palco de uma revolução calculada. Fugindo dos clichês do gênero esportivo, o filme se ancora na frieza dos números para explorar o embate entre tradição e inovação, revelando que nem toda vitória se mede em aplausos — e que algumas derrotas podem ser, secretamente, avanços históricos.

Martin Scorsese convenceu Joe Pesci a retornar da aposentadoria para esse último filme, na Netflix Divulgação / Netflix

Martin Scorsese convenceu Joe Pesci a retornar da aposentadoria para esse último filme, na Netflix

Martin Scorsese, em “O Irlandês”, não apenas revisita o universo da máfia americana — ele o exuma. A câmera não é mais cúmplice da glória dos crimes, mas testemunha discreta de um passado que apodrece em silêncio. Aqui, o glamour antes associado à vida dos gângsteres se dissolve numa névoa de arrependimento, solidão e fim. Scorsese ergue uma elegia devastadora aos homens que confundiram lealdade com obediência cega, e poder com permanência.

Filme que quase fez o Oscar ser cancelado por premiar ator acusado de assédio, na Netflix Divulgação / Prime Video

Filme que quase fez o Oscar ser cancelado por premiar ator acusado de assédio, na Netflix

Há filmes que sussurram enquanto o mundo grita. “Manchester à Beira-Mar” é um desses raros exemplares que, em vez de oferecer explicações, insiste em deixar que as rachaduras falem por si. Kenneth Lonergan escolhe, deliberadamente, não preencher os vazios: ele os amplia. O luto, nesse universo gélido e repleto de silêncios incômodos, não é uma fase a ser superada, mas um estado crônico, um tipo de exílio interior. Desde os primeiros minutos, é possível perceber que o filme não conduz seu protagonista rumo à cura, mas o força a coexistir com a dor — como quem aprende a respirar num quarto sem janelas.

Filme que fez as pessoas desmaiarem e vomitarem nos cinemas é também maior bilheteria de língua não inglesa da história, na Netflix Divulgação / Icon Productions

Filme que fez as pessoas desmaiarem e vomitarem nos cinemas é também maior bilheteria de língua não inglesa da história, na Netflix

Mel Gibson não filmou “A Paixão de Cristo” como quem deseja contar uma história — ele a esculpiu como quem escava uma ferida. A escolha de retratar, com obsessiva minúcia, os momentos finais da vida de Jesus vai bem além de um exercício devocional ou histórico. O filme não sugere empatia; exige confronto. Com o idioma original da época e uma câmera que se recusa a desviar o olhar da tortura, o longa expõe um corpo desfigurado como ícone da fé, rasgando o verniz estético que usualmente envolve narrativas religiosas e substituindo-o por carne aberta, ossos expostos e silêncio forçado.