Você precisa assistir, filme ganhador do Oscar acaba de estrear na Netflix e vai te hipnotizar por 120 minutos Divulgação / Neon

Você precisa assistir, filme ganhador do Oscar acaba de estrear na Netflix e vai te hipnotizar por 120 minutos

Craig Gillespie tenta sintetizar o tormento de sua protagonista em “Eu, Tonya”, relato pungente, cheio de reviravoltas e das encrencas de uma mulher em busca de uma identidade que quiçá nunca tenha tido, a literalmente esquivar-se dos golpes do existir, materializados na psicopatia da mãe e na truculência passional do primeiro marido, sequências que vêm como as ondas do maremoto de tragédias que encharcou-lhe, até quase perdê-la irremediavelmente.

Nossa lingerie jamais será vermelha

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Não que esse pessoal da esquerda não goste de um animado clima de prostíbulo, mas, o que tinha de patriota dentro daquele bordel era uma verdadeira festa. Alguns tinham acabado de chegar da capital federal, onde invadiram, pilharam e depredaram palácios. Até o pai de família que houvera defecado sobre o brasão da república durante a diarreica insurreição dos golpistas — em nome de Deus e da família — estava presente no local.

Selvagem, trágico e surpreendente, novo filme da Netflix tem 100% de avaliações positivas e você não assistiu Divulgação / Netflix

Selvagem, trágico e surpreendente, novo filme da Netflix tem 100% de avaliações positivas e você não assistiu

Colette Camden lança-se ao desafio de conferir alguma ordem aos acontecimentos, lamentáveis e caóticos, de “O Mochileiro Kai: Herói ou Assassino?”. Para tanto, a diretora vale-se de entrevistas com os personagens centrais desde conto macabro cuja gravidade o esgoto malcheiroso, oportunista e inconsequente que sedia certa imprensa faz parecer tolo ou até divertido, como se não houvesse gente de carne, osso, sonhos e frustrações envolvida nele.

Baseado em livro, um dos filmes mais amados pelo público na história do cinema está na Netflix Divulgação / Summit Entertainment

Baseado em livro, um dos filmes mais amados pelo público na história do cinema está na Netflix

Poucos filmes na história do cinema aliaram tramas marcadamente pessoais ao objetivo poeticamente didático de dizer verdades. Jean-Jacques Annaud vai muito além do filme de aventura e do filme sobre homens comuns, que erram e, ao termo de um processo visivelmente custoso, doído, aprendem e reparam suas faltas o quanto podem. “Sete Anos no Tibet” escapa com galhardia ao clichê das narrativas hagiográficas que endeusam falsos heróis, praga que assola a indústria cinematográfica de tempos em tempos.

O maior filme de desastre da história do cinema está na Netflix e (apesar dos clichês) vai te emocionar e fazê-lo pensar Divulgação / Metropolitan FilmExport

O maior filme de desastre da história do cinema está na Netflix e (apesar dos clichês) vai te emocionar e fazê-lo pensar

Roland Emmerich é uma referência sólida quando se fala em filmes sobre monstros e hecatombes que ameaçam nossa vidinha singular. Diretor de arrasa-quarteirões a exemplo de “Independence Day” (1996), “Godzilla” (1998), “O Dia Depois de Amanhã” (2004) e “Independence Day: O Ressurgimento”, o alemão reforça a obsessão e o perfeccionismo que o tornaram multimilionário em “2012” — ainda que um certo descompasso temporal faça-se perceber.