Há quem enverede pelo lado mais obscuro da estrada com tanto gosto que passe a achar-se verdadeiramente credor de tudo o que o mundo tenha a oferecer para que se escape ao tédio. É este o caso da antimocinha de “Violence Action” (2022), live-action do famoso mangá de mesmo nome dirigido por Tōichirō Rutō.
Francis Bacon, o fundador da ciência moderna no século 16, era alquimista e rosacruz. Newton, físico e matemático, era teólogo. A ciência nasce para comprovar os fundamentos da fé, mas serviu para desmascarar seus excessos. Impõe-se, com o tempo, como uma nova religião. Ambas andavam juntas na origem, mas formaram duas bolhas inacessíveis que entram em guerra toda vez que se aproximam. Disso trata O Milagre (Sebastián Lelio, 2022), que está na lista da Oscar.
Filme de Peter Flinth na Netflix, “Contra o Gelo” é a primeira produção original do streaming a ser gravado na Islândia. O enredo narra a história real e impressionante de dois exploradores que sobreviveram às condições mais insalubres e perigosas para mapear a região nordeste da Groelândia. Quando os homens são levados ao seu limite físico e mental, o expectador também é colocado à prova quando começa a se sentir quase tão mal quanto os personagens.
“E se Fosse Verdade” (2005) se constitui num elogio a essa inconstância do amor, incansável em florescer para quem não o dignifica, e, ironicamente, também dotado do milagroso talento de se materializar para aqueles que mais precisam dele. Mark Waters vai fundo nesse argumento, lançando mão de uma história bem comum.
Tradicionalmente a Netflix reserva suas melhores produções para o final de ano e algumas delas já estrearam na plataforma. Pensando nos leitores, a Revista Bula fez uma seleção de sete filmes que estão entre os mais vistos da atualidade, entre eles, alguns que, certamente, concorrerão ao Oscar 2023. Os títulos disponíveis na Netflix estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
