Seth Gordon e Brendan O’Brien, que assina o roteiro, ignoram as amarras do politicamente correto e exploram um humor irreverente que desafia padrões convencionais. O filme brinca com a tensão entre caos e ordem, um reflexo da dualidade humana entre racionalidade e instinto. Enquanto as instituições impõem limites, a mente é um terreno indomável onde ideias insanas encontram espaço para prosperar.
No jogo de retomadas que tem sido o cinema comercial contemporâneo, “Além da Escuridão — Star Trek” reafirma a tendência de repaginar histórias já estabelecidas, entregando uma narrativa que preserva os códigos da franquia, mas sem expandi-los com a ousadia necessária. J.J. Abrams revisita a mitologia de Gene Roddenberry sem escapar das amarras do passado, equilibrando ação e nostalgia, enquanto Benedict Cumberbatch assume, com precisão calculada, o papel de peça-chave no desfecho dessa jornada.
Iris personifica a resiliência emocional. Presa a um relacionamento tóxico e unilateral com Jasper (Rufus Sewell), ela embarca em uma trajetória de autovalorização que culmina em uma libertação pessoal. Seu arco ressoa com os debates contemporâneos sobre empoderamento feminino e autoestima, reforçando que romper ciclos destrutivos exige coragem e autoconhecimento. Sua jornada não apenas inspira, mas também evidencia a força inerente à reconstrução de si mesma.
O título do filme não é fortuito: Atlas carrega a trama quase inteiramente sobre si. Seu relacionamento tenso com Smith (Gregory James Cohan), uma IA que se torna sua única esperança de sobrevivência, adiciona complexidade psicológica à narrativa. Entre a desconfiança e a necessidade, a dinâmica entre os dois personagens reflete dilemas contemporâneos sobre nossa relação com a tecnologia. Lopez entrega uma performance intensa, dando vida a uma personagem movida pela dor, determinação e uma coragem que beira o desespero.
Entre a monotonia das produções convencionais, um thriller se destaca por transformar um cenário corriqueiro em um campo de tensão absoluta. Sob a batuta de Jaume Collet-Serra, o filme constrói um suspense psicológico afiado, onde cada decisão do protagonista pode ser a última. Um agente da TSA, um aeroporto repleto de ameaças e um jogo de manipulação que mantém o espectador em constante alerta: um desafio moral e emocional que redefine os limites do gênero.
