Kafka escreveu sobre 2025 em 1915

Kafka escreveu sobre 2025 em 1915

Havia uma maçã apodrecendo numa gaveta trancada. Ninguém sabia que ela estava lá, e mesmo assim o cheiro atravessava o quarto, entrava pelas frestas das janelas, grudava no tecido das cortinas. Franz Kafka escreveu “O Processo” em 1915 como quem tivesse olhado por um rasgo no tecido da década errada. Não era um livro sobre um tempo, mas sobre a estrutura do tempo, uma arquitetura absurda que se monta sozinha, cada parede erguida por equívoco, cada escada apontando para um tribunal que talvez nem exista. Josef K. não é um personagem. É um aviso. Ou melhor, uma antecipação.

5 comédias românticas para apaixonados otimistas, no Prime Video Divulgação / Sony Pictures

5 comédias românticas para apaixonados otimistas, no Prime Video

Muita gente acha que o romantismo está mais atrelado ao pessimismo do que ao otimismo. Os romances — no teatro, na literatura e no cinema — quase sempre são difíceis, enfrentam percalços e costumam terminar em tragédia. Mas não nas comédias românticas. E é por isso que há quem prefira as comédias românticas: adoram finais felizes e clichês. Isso significa que o cinismo do mundo ainda não os afetou. Essas pessoas mantêm firmes e fortes seu otimismo, sua ingenuidade e seu coração puro. Afinal, nada mais bonito do que sonhar com um romance feliz, em que tudo dá certo no final. Nada impede o amor verdadeiro.

Os 7 livros que mudaram a cabeça de Nietzsche

Os 7 livros que mudaram a cabeça de Nietzsche

Nietzsche não nasceu pronto. Sua filosofia cortante, muitas vezes violenta, não brotou do nada. Foi sendo formada, página a página, na tensão entre admiração e repulsa, entre leitura e reação. Sete livros se alojaram fundo em sua cabeça. Alguns ele rompeu, outros abraçou, outros ainda transformou em combate. Este não é um inventário de influências, mas uma travessia pelas ideias que fermentaram o pensamento mais indomável da modernidade. Porque todo pensamento, mesmo o mais original, nasce de algum atrito com o que já foi dito.

5 melhores faroestes dos últimos 25 anos na Netflix Divulgação / Koch Media

5 melhores faroestes dos últimos 25 anos na Netflix

Se antes era uma caçada de gato e rato, uma guerra de “nós contra eles”, do branco contra o indígena, do xerife contra o bandido, lentamente as histórias evoluíram para algo muito mais profundo e complexo. Os faroestes passaram a denunciar a exploração da natureza por um projeto expansionista de conquista de terras mexicanas, disputas sangrentas e antiéticas, homens forçados a se tornarem soldados para defender suas fazendas e famílias, enquanto outros, ambíguos e extremamente viris, lutavam por muito mais do que a própria sobrevivência.

A ética da lacração: os fins justificam os likes?

A ética da lacração: os fins justificam os likes?

As redes sociais viraram arenas públicas e os discursos histriônicos que substituem o pensamento crítico pela busca de aprovação, tridentes afiados. Em busca do engajamento e dos tão necessários likes vale tudo. A curtida é a meta que se persegue com fervor, o que desencadeia uma espiral de uma violência a princípio silenciosa, mas que ganha corpo. Quem tira vantagem da lacração? Esta é uma pergunta retórica, claro.