O filme mais desconcertante de Lynch acaba de chegar à Netflix. Você não volta igual Divulgação / Paramount Pictures

O filme mais desconcertante de Lynch acaba de chegar à Netflix. Você não volta igual

No universo retorcido de “Veludo Azul”, David Lynch acompanha o retorno de um estudante à cidade natal e o arrasta para um subterrâneo de sexo, violência e corrupção moral. Entre armários, cortinas e músicas de rádio, o filme desmonta a fantasia suburbana dos Estados Unidos dos anos 80, antecipa monstros políticos recentes e confirma Lynch como artista radical, capaz de transformar um mistério policial em pesadelo romântico e sátira feroz. Um clássico perturbador sobre o que mora atrás das fachadas.

Suspense com Anne Hathaway na Netflix vai virar sua cabeça do avesso Divulgação / Likely Story

Suspense com Anne Hathaway na Netflix vai virar sua cabeça do avesso

“Meu Nome era Eileen” constrói sua tensão a partir de uma rotina que se esgarça lentamente, como se cada gesto repetido carregasse uma promessa de ruptura ainda não formulada. Eileen, interpretada por Thomasin McKenzie, trabalha como secretária em um centro de detenção juvenil e tenta atravessar os dias com uma contenção quase mecânica, enquanto convive com um pai alcoólatra que alterna irritação, apatia e um senso de derrota que contamina a casa inteira.

Thriller de ação com Michael B. Jordan no Prime Video divide opiniões, mas conquista quem só quer adrenalina pura Divulgação / Amazon Prime Video

Thriller de ação com Michael B. Jordan no Prime Video divide opiniões, mas conquista quem só quer adrenalina pura

A sequência de incidentes que inaugura “Sem Remorso“ deixa no ar uma sensação de que alguém decidiu acionar o modo automático da política externa: operações nebulosas, ameaças mal delimitadas e um rastro de decisões tomadas por figuras que jamais enfrentam o resultado concreto de suas próprias escolhas. John Kelly, interpretado por Michael B. Jordan, surge nesse tabuleiro como o típico agente que conhece de perto o custo humano dessas jogadas.

Áudio raro de 1909 traz Tolstói lendo a obra espiritual proibida pelos soviéticos

Áudio raro de 1909 traz Tolstói lendo a obra espiritual proibida pelos soviéticos

Gravadas em 31 de outubro de 1909, na propriedade de Iasnaia Poliana, as leituras de Liev Tolstói registram o autor já idoso recitando trechos de Pensamentos Sábios para Cada Dia em inglês, alemão, francês e russo. Elas condensam sua virada tardia, quando o romancista célebre passa a priorizar a orientação moral cotidiana, organizada como calendário espiritual para pessoas comuns, e ressurgem hoje em arquivos digitais e plataformas de áudio, conectando camadas distintas de religiosidade, literatura e tecnologia pelo mundo todo.

A maior ruptura da indústria chegou: IA produz hits em minutos e deixa criadores humanos à beira da irrelevância

A maior ruptura da indústria chegou: IA produz hits em minutos e deixa criadores humanos à beira da irrelevância

Enquanto plataformas como Suno e Udio permitem compor faixas completas em segundos, serviços de streaming enfrentam um dilúvio de músicas sintéticas e gravadoras processam as empresas por uso indevido de catálogos. Deezer já calcula que quase um quinto dos uploads diários seja feito por IA, e o Spotify fala em dezenas de milhões de faixas removidas. No meio desse ajuste violento, criadores humanos brasileiros reavaliam profissão, renda e relevância. A promessa de democratização esbarra em contratos frágeis e cobranças diárias.