Ele escreveu um dos maiores romances do século, foi ignorado por 50 anos e morreu sem saber

Ele escreveu um dos maiores romances do século, foi ignorado por 50 anos e morreu sem saber

Por décadas, o nome John Edward Williams não significava nada para quase ninguém. Professor universitário, texano, disciplinado, morreu sem saber que havia escrito, possivelmente, o romance americano mais silenciosamente devastador do século. Seu livro “Stoner” passou despercebido até ser redescoberto na Europa como um segredo sussurrado. Esta reportagem percorre a vida, o apagamento e o renascimento literário de um autor que escreveu como quem cumpre silêncio — e que transformou a recusa do espetáculo em uma ética estética. Um escritor que não quis ser lido, e por isso se tornou impossível de esquecer.

O filme que todo mundo deveria ver para acalmar a alma e deixar a vida mais leve — na Netflix Divulgação / Touchstone Pictures

O filme que todo mundo deveria ver para acalmar a alma e deixar a vida mais leve — na Netflix

Um novo professor de inglês e literatura transforma a rotina dos estudantes de um colégio tradicional. Para esse mestre do bom viver, versos encorajam a busca por uma vida extraordinária, e assim “Sociedade dos Poetas Mortos” ganhou o coração do público. O filme de Peter Weir apura muitas camadas de melancolia, tratando de sempre deixar uma margem para o calor e para a luz, não obstante o título tão pouco solar.

5 autores que foram cancelados antes da era do cancelamento

5 autores que foram cancelados antes da era do cancelamento

Antes do termo “cancelamento” ganhar trending topics, havia o silêncio. Escritores já eram retirados do cânone, ignorados nos corredores acadêmicos ou relegados ao rodapé das edições críticas. Este texto percorre cinco nomes cuja presença na literatura resiste, mesmo quando sua biografia desafia o leitor. Lovecraft, Céline, Bukowski, Pound e Wilde — figuras atravessadas por contextos, escolhas e contradições. Aqui, não há absolvição nem condena. Há leitura, escuta, retorno. Porque compreender o que permanece, mesmo sob a poeira, é também compreender o tempo que ainda pulsa. E a literatura, mesmo em conflito, continua a escrever o que não cabe no esquecimento.

4 filmes que acabaram de chegar à Netflix e que você realmente precisa assistir Divulgação / Touchstone Pictures

4 filmes que acabaram de chegar à Netflix e que você realmente precisa assistir

Nem tudo que chega na Netflix vale as suas horas — mas, vez ou outra, aparecem filmes que surpreendem pela precisão, pelo pulso, pelo que deixam ecoando depois do fim. Obras que, mesmo partindo de premissas já visitadas, encontram novas maneiras de afetar, de propor perguntas, de dar forma àquilo que não é urgente, mas que pede para ser olhado. Quatro deles estrearam recentemente e talvez seja o caso de prestar atenção. Não como quem busca distração, mas como quem, por algum motivo, ainda espera ser tocado por uma história.

Tá na Netflix: o filme com Samuel L. Jackson que vai te lembrar por que ainda vale lutar Divulgação / Paramount Pictures

Tá na Netflix: o filme com Samuel L. Jackson que vai te lembrar por que ainda vale lutar

Em certas geografias, crescer é sobreviver a uma série de ausências. Ausência de estrutura, de horizonte, de voz. Nos subúrbios da Califórnia, como em tantos outros cantos do mundo, a adolescência corre na corda bamba entre a marginalidade e a esperança. E é exatamente ali que entra Ken Carter, homem de regras firmes, paciência curta e um tipo raro de fé: aquela que acredita mais no esforço do que no talento. Em “Coach Carter” (2005), o diretor Thomas Carter transforma essa figura real em motor narrativo de uma história que recusa atalhos. O que está em jogo não é apenas um campeonato de basquete, mas a própria possibilidade de futuro.