Nada de novo nos asilos, a não ser o fragrante olor dos corações-sangrentos

Nada de novo nos asilos, a não ser o fragrante olor dos corações-sangrentos

Enquanto esvaziava um coletor de lágrimas lotado até o gargalo, uma enfermeira piscou para a outra. Não. Infelizmente, elas não eram lésbicas. Eu também me amarro em fantasias eróticas envolvendo mulheres metidas em aventaizinhos brancos, mas, ali, definitivamente, não era o caso. Enfermeiras são criaturas danadas, abnegadas. Tenho por elas o maior respeito, principalmente quando vêm armadas com sondas, dragas e seringas. Supõe-se que o céu esteja infestado delas, mais do que crianças mortas de diarreia e fome. Pois, então: era como se as duas jogassem carteado. Aquela equipe entendia-se como só. Chamo isso não de transa, mas, entrosamento.

Consertando Star Wars — A Ascensão do Império

Consertando Star Wars — A Ascensão do Império

Um filme inteiro com Darth Vader perseguindo e destruindo jedis pela galáxia. Lord Vader como um poderoso cyborg e não como um homem combalido, sombra de si mesmo, com muito custo mantido vivo em sua armadura-prisão. Seria épico! Foi essa apoteose nerd que George Lucas nos negou na trilogia prólogo de Star Wars. Nessa reimaginação da saga promovida pela Revista Bula, depois de “A Guerra dos Clones” e “A Conversão Sombria”, chegamos ao seu último episódio, onde Darth Vader faz exatamente isso: persegue e destrói jedis pela galáxia.

Essa mania de vivermos felizes para sempre

Essa mania de vivermos felizes para sempre

Por que dizer a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade, se você pode mentir, somente mentir, nada mais que mentir, e me fazer feliz? Por que você quis sair com aquele sujeito? Por que a água acaba, o gás acaba, o amor acaba, mas o ódio continua firme e forte? Por que perpetuar a espécie num planeta tão caótico? Por que gozar na boca da noite? Por que exigir que alguém engula a porra dessa história toda?