A nordestina que fez Veneza, Roma e Paris se ajoelharem, 55 anos antes de Fernanda Torres virar lenda
De Uruburetama a Roma, Florinda Bolkan talha a própria lenda entre disciplina e silêncio. Comissária da Varig, migra do balcão de embarque para o set, ajusta o sobrenome à prosódia do mundo e, em 1968, encontra Marina Cicogna e Luchino Visconti. Rapidamente passa das pontas ao centro do quadro; o mercado diz exótica, ela responde com rigor. Com Vittorio De Sica, Elio Petri, Lucio Fulci, Giuseppe Patroni Griffi e Luigi Bazzoni, afina um timbre singular. Depois, marca a televisão italiana, volta ao Brasil e dirige no Ceará, com luz própria.