Filmes são realidades paralelas e não há filmes que sugiram mais fortemente essa distância do palpável, da concretude do real que os filmes de terror. Nessas histórias delirantes, saborosamente doentias, há de tudo, mas tudo mesmo o que se possa imaginar: inocentes peixinhos que se transformam em monstros ávidos por devorar toda uma cidade, uma legião de mortos-vivos que se deslocam com passageiros deste mundo num trem e uma babá, tão linda quanto sanguinária, que não sossega enquanto não puder concluir um ritual satânico, gerando pânico no garotinho de que toma conta numa noite que deveria ser normal como qualquer outra.

Já viu algum filme que te fez pensar se estava em plena consciência? Um filme que te fez questionar sua sanidade? Já saiu do cinema meio tonto, meio zonzo, se sentindo meio fora de si? Já terminou de assistir algo que te deixou com uma sensação estranha, como se tivesse usado alucinógeno? Se você nunca teve uma experiência parecida e quer experimentar essa loucura, a Revista Bula indica agora algumas produções disponíveis na Netflix que vão fazer você comer vidro.

Poucas coisas no mundo podem ser mais doloridas para uma mãe que perder um filho. Uma delas decerto é passar anos a fio sem saber se esse filho, sumido repentinamente e sem explicação, ainda está vivo, e por onde começar uma busca tão penosa quão imprevisível, mas que se revela tão fundamental quanto o ar que se respira. Famosa por trabalhos de não-ficção, a cineasta Liz Garbus se mostra uma boa diretora de filmes dramáticos, como se assiste em “Lost Girls: Os Crimes de Long Island”, uma trama de mistério que conquista pela tristeza de sua protagonista.