Com “Tempo de Glória”, Edward Zwick ajuda a corrigir dados equivocados e as inferências que deles florescem a respeito de uma quadra nebulosa da história dos Estados Unidos, desconhecida inclusive por muitos de seus cidadãos. O recorte da Guerra Civil Americana (1861-1865) sustentado pelo diretor evidencia, naturalmente, o desarranjo institucional motivado pela discordância quanto a se preservar ou não o regime escravocrata.

Oscilando propositalmente de trechos mais reflexivos, sobretudo no começo, para as sequências em que a ação dá mesmo o tom, “Bullet Head” (2017) questiona incessantemente as escolhas de seus protagonistas, deixando os possíveis julgamentos para a audiência, que se indigna e se recusa a aceitar o fim da história, precisamente por, no fundo, saber que não há nada de tão fantasioso assim, nem no comportamento daqueles homens e tampouco na maneira como o caso se desenrola.

Bons filmes são como alimento para a alma e para o cérebro. Enquanto nos nutrem com cultura, conhecimento e reflexões sociais de alto valor, nos fazem transcender, são estimulantes e energizantes. Por isso, a Revista Bula entrega agora uma boa seleção de filmes para assistir na Netflix e que vão te saciar por completo.

Único filme da franquia “Ju-on” a não ter participação de seu criador, Takashi Shimizu, “O Grito” de 2020, dirigido por Nicolas Pesce, troca a ambientação da maldição do Japão para os Estados Unidos. Uma pessoa que esteve na casa assombrada em Tóquio retorna para seu país, trazendo consigo a praga do rancor, que diz que toda vez que alguém morre violentamente, nasce uma maldição. Então, um novo ciclo de assassinatos inicia em um novo país e transforma a vida de uma detetive recém-saída de um tragédia pessoal.