Comédia de Jeff Baena, recém-falecido marido de Aubrey Plaza, se inspira em clássico da literatura está na Netflix Divulgação / GEM Entertainment

Comédia de Jeff Baena, recém-falecido marido de Aubrey Plaza, se inspira em clássico da literatura está na Netflix

Inspirado na veia satírica de “O Decamerão”, “A Comédia dos Pecados” transforma um convento medieval em um palco de transgressão e hipocrisia, onde a devoção religiosa se desfaz diante dos desejos mundanos. O enredo acompanha três freiras cuja conduta passa longe da santidade esperada: entregam-se a paixões proibidas, embriagam-se sem remorso e, nos momentos mais inusitados, flertam com práticas de feitiçaria.

O melhor filme de ação do último ano está no Prime Video — e prova que charme, cérebro e soco podem coexistir Divulgação / Universal Pictures

O melhor filme de ação do último ano está no Prime Video — e prova que charme, cérebro e soco podem coexistir

Num tempo em que a ação virou sinônimo de tela verde, multiversos cansativos e piadas automáticas, este filme aposta no que há de mais palpável: suor, quedas e carisma. Com Ryan Gosling e Emily Blunt em sintonia precisa, a trama mistura romance atrapalhado, pancadaria coreografada e uma metalinguagem que diverte sem pretensão. Dirigido por quem já apanhou por profissão, é um elogio ao risco real em cena.

Premiado em Cannes, filme brasileiro com Fernanda Montenegro, baseado em livro de Martha Batalha, está na Netflix Divulgação / Vitrine Filmes

Premiado em Cannes, filme brasileiro com Fernanda Montenegro, baseado em livro de Martha Batalha, está na Netflix

No efervescente cenário do Rio de Janeiro nos anos 1950, onde os destinos femininos eram frequentemente traçados à revelia de seus próprios desejos, “A Vida Invisível” é como um relato cortante sobre silenciamento, separação e resistência. Karim Aïnouz transforma a história de duas irmãs, Eurídice e Guida, em uma experiência que extrapola o melodrama e se torna um retrato vívido da opressão patriarcal e da irreversibilidade de certos desencontros. A narrativa não se contenta em apenas contar a tragédia dessas mulheres; ela a esculpe com precisão, explorando nuances emocionais e visuais que potencializam a força de sua denúncia.

Um filme que parece abraço, conversa boa e saudade de quem você nem conheceu — está na Netflix Divulgação / Pandastorm Pictures

Um filme que parece abraço, conversa boa e saudade de quem você nem conheceu — está na Netflix

A partir da estrutura desgastada da comédia romântica, o filme constrói algo mais sutil e emocionalmente honesto. Em vez de correr para o clímax esperado, aposta em silêncios, pausas, jogos de linguagem e afetos retidos. O foco não está no “felizes para sempre”, mas no desconforto de se olhar no espelho quando as máscaras caem. Um encontro improvável vira espaço de escuta, onde a intimidade se revela sem alarde — mas com precisão cirúrgica.

Todos deveriam ver. O ganhador do Oscar acaba de chegar à Netflix — e não é pelos prêmios, mas pelo que permanece depois Divulgação / Melampo Cinematografica

Todos deveriam ver. O ganhador do Oscar acaba de chegar à Netflix — e não é pelos prêmios, mas pelo que permanece depois

Recusando o realismo convencional das narrativas de guerra, “A Vida É Bela” reinventa o afeto como forma radical de resistência. Ao transformar o horror em jogo e a dor em farsa cuidadosamente orquestrada, ele constrói um espaço onde o amor paterno atua como escudo contra a destruição. Em vez de ceder à lógica da brutalidade, aposta na fantasia como último refúgio possível — e, paradoxalmente, o mais lúcido.