Ela foi a primeira mulher a vender 100 mil discos de samba. Venceu a fome e o machismo. Morreu aos 40 anos, de forma absurda
Em 1983, o Brasil aprendeu a esperar à porta de um hospital e, com a notícia, ganhou um silêncio que ainda marca o peito. Esta crônica acompanha Clara Nunes da infância em Paraopeba à consagração no Rio, atravessa quadras, estúdios e televisão, visita a clínica, o velório na Portela e o rastro que ficou na música e na vida comum. Sem mitificar, nomeia feridas, gestos e decisões de som. O resultado é um retrato com rito, respeito e futuro, atento ao país que ela afinou.





