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O tesouro argentino que acaba de chegar à Netflix e é mensagem poderosa e cativante sobre indenidade e pertencimento Divulgação / Oficina Burman

O tesouro argentino que acaba de chegar à Netflix e é mensagem poderosa e cativante sobre indenidade e pertencimento

A trama começa com uma reflexão sobre ritos de passagem. Esses momentos, sejam formaturas, casamentos ou conquistas individuais, representam transições fundamentais. Para a comunidade judaica, o bar ou bat mitzvah é um rito que marca o fim da infância e o início da maturidade, tradicionalmente celebrado aos 13 anos. No caso de Mumy, interpretada por Penélope Guerrero, essa cerimônia foi um ponto de ruptura. Anos antes, ainda identificada como Reuben (Milo Burgess-Webb), Mumy chocou sua família ao pedir um bat mitzvah, versão feminina do ritual, desafiando as normas conservadoras da sua comunidade.

Com atuação genial de Robert Pattinson, thriller bizarro e perturbador vai te deixar desorientado, na Netflix Glen Wilson / Netflix

Com atuação genial de Robert Pattinson, thriller bizarro e perturbador vai te deixar desorientado, na Netflix

O filme se organiza em três arcos principais. No centro da narrativa, temos Arvin Russell (Tom Holland), um jovem profundamente marcado por uma infância repleta de fanatismo religioso e tragédias incontroláveis. Ao seu lado está Lenora (Eliza Scanlen), sua irmã adotiva, uma adolescente vulnerável e extremamente devota, cuja fé acaba sendo manipulada pelo reverendo Preston Teagardin (Robert Pattinson), um pregador carismático e inescrupuloso que utiliza sua posição para seduzir jovens em situações vulneráveis.  

Comédia romântica perfeita para assistir coladinho no seu amor e com o barulho da chuva, na Netflix Divulgação / Universal Pictures

Comédia romântica perfeita para assistir coladinho no seu amor e com o barulho da chuva, na Netflix

O roteiro, escrito por Emma Thompson e Bryony Kimmings, se destaca por equilibrar momentos de leveza e profundidade. A trilha sonora, marcada pela emblemática “Last Christmas” de George Michael, reforça a atmosfera festiva, contrastando com os desafios emocionais enfrentados por Kate. Esse contraste ressalta a mensagem central do filme: o amor verdadeiro nem sempre se manifesta de forma romântica, mas frequentemente surge como um processo de aceitação e crescimento pessoal.

A mais bela história de amor do cinema de todos os tempos está no Prime Video Divulgação / Turner Entertainment

A mais bela história de amor do cinema de todos os tempos está no Prime Video

Se procurarmos bem, há uma história de amor em “…E o Vento Levou”. Este é daqueles filmes raros, que todos devemos revisitar com certa frequência, feito num tempo em que o cinema era capaz de amalgamar numa única produção o impulso ao pensamento analítico, requinte estético, lirismo e, claro, uma generosa medida de um romance estranho, mas cativante a cada cena. A Guerra Civil (1861-1865) é o grande assunto no romance histórico publicado por Margaret Mitchell (1889-1949) em 1936, que Victor Fleming (1889-1949) enfeita com referências a uma mocinha voluntariosa, que amadurece à força depois que os ianques, os soldados abolicionistas, arrebatam a Geórgia.

Obra-prima sobre o Holocausto que consagrou Kate Winslet, na Netflix Divulgação / The Weinstein Pictures

Obra-prima sobre o Holocausto que consagrou Kate Winslet, na Netflix

O romance de Schlink é mais do que uma história de amor ou uma reflexão sobre os horrores do Holocausto. Ele confronta o leitor com questões complexas sobre responsabilidade individual e coletiva, especialmente no contexto do legado do nazismo. A relação de Michael com Hanna é carregada de ambiguidades morais: enquanto ele luta para reconciliar a imagem de Hanna como amante e criminosa, também enfrenta a dor de seu passado compartilhado e o impacto emocional que isso tem sobre sua vida adulta. O tema da “Vergangenheitsbewältigung”, ou o processo de lidar com o passado nazista, é central na obra, destacando a dificuldade de atribuir culpa em uma realidade moralmente devastada.