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Acaba de estrear no Prime Video o grande vencedor do Oscar 2025 Divulgação / FilmNation Entertainment

Acaba de estrear no Prime Video o grande vencedor do Oscar 2025

A madrugada em Nova York não termina, apenas muda de cor. Entre o neon e o cinza, uma moça dança. Dança com o corpo treinado, mas o olhar de quem já aprendeu que não há salvação fora do palco. “Anora”, de Sean Baker, vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2025, começa onde tantos outros terminam: no instante em que a promessa implode e resta o contorno fosco da sobrevivência. É uma narrativa que se desenha como fábula tardia, mas logo recusa a moral. O que sobra é ruído. Um vazio iluminado por dólar amassado e presente caro, como se o luxo fosse suficiente para esquecer o que se vendeu para recebê-lo.

Nova comédia da Netflix, com Adam Sandler, é um dos filmes mais engraçados de 2025 Divulgação / Netflix

Nova comédia da Netflix, com Adam Sandler, é um dos filmes mais engraçados de 2025

Pelo que se assiste em “Um Maluco no Golfe 2”, o pastelão não sai mesmo do DNA de Adam Sandler, o que é uma pena. Não é difícil para Kyle Newacheck encontrar a fórmula que sustenta boa parte dos 114 minutos do enredo. Três décadas mais tarde, o diretor oferece uma continuação para o longa de Dennis Dugan apostando no poder encantatório da nostalgia, o que só faz sentido ou para os fãs de Sandler, ou dos impossíveis holes-in-one que a computação gráfica trata de reproduzir em escala industrial.

Desligue o cérebro: esta é a melhor comédia que você vai ver nesta semana na Netflix Divulgação / Netflix

Desligue o cérebro: esta é a melhor comédia que você vai ver nesta semana na Netflix

Comédia física e piadas tolas são a base do besteirol e isso não vai mudar, a despeito da chiadeira dos críticos. Feita essa ponderação, “Os Bad Boas” usa de todas as armas que pode para garantir que o espectador jamais se canse e permaneça firme até o encerramento, 95 minutos depois. O diretor Gonzalo Fernandez Carmona reproduz a fórmula do humor escrachado, de blagues que só podem sustentar-se mediante situações nonsense e muita comédia física, sobrando pouca margem para a sutileza ou respiros dramáticos.

Eleito um dos melhores filmes de todos os tempos, clássico de Roberto Benigni está de volta à Netflix Divulgação / Melampo Cinematografica

Eleito um dos melhores filmes de todos os tempos, clássico de Roberto Benigni está de volta à Netflix

Imaginativo, incômodo, sentimental sem nunca ser piegas, “A Vida É Bela” segue provocando tanto encantamento quanto rejeição quase três décadas após sua estreia. O que Roberto Benigni fez em 1997 foi mais do que um filme sobre o Holocausto: foi uma tentativa de suspender, por amor, o peso da realidade. A ideia de que o riso pode coexistir com o horror ainda incomoda muita gente. Mas talvez o desconforto seja parte da força do filme. Porque ao preservar a inocência de uma criança diante da barbárie, Benigni tocou num ponto que nenhum prêmio seria capaz de conter.

Josh Hartnett enlouquece no filme mais bizarro (e incrível) do ano Divulgação / F or F Films

Josh Hartnett enlouquece no filme mais bizarro (e incrível) do ano

Apesar do roteiro extremamente bobo e clichê, “Fight or Flight” dá a volta por cima ao entregar uma miscelânea maluca de “Kill Bill”, “John Wick” e “Snakes on a Plane”. A sensação é de que você tomou uma boa dose de ácido com uísque antes de começar a sessão. É tudo tão fora de controle, absurdo e sarcástico que o resultado poderia ser: dar muito certo ou muito errado. Deu muito certo.