Autor: Solemar Oliveira

Bula de Livro: Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar

Bula de Livro: Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar

O livro é o elogio da perfeição cíclica. Tudo gira em torno de uma busca, cuja resultado é voltar à origem. O ser humano tem fome! Fome de todos os tipos e variedades de comida. A mesa farta não significa, ao final da refeição, saciedade. Por mais diferentes que sejam as iguarias, elas não são todas, e nem todos os sabores peculiares e exóticos que existem no mundo.

Bula de Livro: A Sonata a Kreutzer, de Lev Tolstói

Bula de Livro: A Sonata a Kreutzer, de Lev Tolstói

“A Sonata a Kreutzer” nos conduz pela mente e pelos sentimentos de um homem comum que, depois de casado, torna-se um moralista. É dotado de alguns atributos peculiares como o gosto pela música, o conceito particular de família, a soberba na relação doméstica. Tolstói, discute o papel das grandes composições clássicas, especialmente a sonata de Beethoven, que analisa minuciosamente por meio da voz narrativa do assassino Pózdnichev.

Bula de Livro: Chão em Chamas, de Juan Rulfo

Bula de Livro: Chão em Chamas, de Juan Rulfo

“Chão em Chamas” é um primor de escrita e inventividade. É uma das mais bem feitas coleções de contos realizadas em língua espanhola. Rivaliza, à altura, com “Olhos de Cão Azul”, de Gabriel García Márquez, ou “Ficções”, de Jorge Luis Borges. Não pelo estilo, obviamente, mas pelo apuro da escrita, pela grandiosidade literária.

Bula de Livro: Gente Pobre, de Fiódor Dostoiévski

Bula de Livro: Gente Pobre, de Fiódor Dostoiévski

“Gente Pobre” é um clássico, indiscutível. Mas seus personagens estão no limiar da catástrofe. Ainda assim elaboram conceitos e vivenciam dilemas que encontram na Literatura de sua época. Para que fiquem juntos, se é que podem, têm que descartar uma das ideias mais impactantes deste livro excepcional, que é: “os pobres e os desgraçados devem se afastar uns dos outros”.

Bula de Livro: Eisejuaz, de Sara Gallardo

Bula de Livro: Eisejuaz, de Sara Gallardo

A mais bela passagem de “Eisejuaz” está, exatamente, no seu canto às criaturas selvagens e sua adoração aos elementos do xamanismo, que reluta em abandonar, mesmo tendo sido batizado e criticado pela sua cultura, supostamente, anticristã. “Eisejuaz” é um estudo. A explicação sobre um povo, sem discursos óbvios ou comiseração.