Autor: Helena Oliveira

“Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes” desafia a tradição de adaptações de jogos ao misturar aventura épica e humor despretensioso. A trama segue Edgin Darvis, um ex-Harpista, e sua fiel amiga Holga, que buscam restaurar o passado enquanto enfrentam traições e forças sombrias. Com efeitos visuais impactantes e um elenco carismático, o filme equilibra ação e fantasia, trazendo o espírito do RPG para a tela em uma jornada que diverte e surpreende.

À medida que a trama se desenrola, o público é convidado a mergulhar em uma América pós-apocalíptica, devastada por guerras e privações. A busca incessante por recursos essenciais, como água e alimento, transforma-se no pano de fundo de uma jornada épica e desoladora. Eli, um andarilho solitário, percorre esse cenário árido e brutal, movido por uma missão sagrada e desconhecida, carregando consigo um livro que ele acredita ser a chave para a salvação. A aura misteriosa que cerca Eli e sua determinação implacável criam uma tensão constante, ampliada pelos perigos que ele enfrenta em cada esquina.

Baseado em fatos reais, “Loving” acompanha a luta de Richard e Mildred, um casal inter-racial que, ao se casar na Virgínia no final dos anos 1950, enfrenta a severidade das leis que proibiam uniões entre raças. Forçados a deixar o estado e separados de suas raízes, eles levam sua batalha pela liberdade de amar até a Suprema Corte, numa jornada que marca um importante avanço na história dos direitos civis nos EUA, questionando a legitimidade de uma sociedade que insiste em dividir o amor.

Em “Última Chamada para Istambul”, duas vidas se cruzam por acaso no aeroporto JFK, em Nova York, após uma troca de malas que conecta Serin, uma designer de joias, e Mehmet, um músico. Unidos pela familiaridade de Istambul e a língua comum, eles embarcam em uma noite cheia de aventuras, confusões e tentações pela cidade. O filme, que começa como uma leve comédia romântica, revela-se um drama profundo, explorando os limites do amor, os dilemas da lealdade e a busca pela felicidade pessoal.

O impacto iminente vem do céu, e com ele, o inevitável colapso. Em “Não Olhe para Cima”, Adam McKay explora o pavor coletivo da extinção, oferecendo uma sátira incisiva sobre o comportamento humano diante da morte, abordada de maneira sardônica e desconcertante. O filme, lançado em 2021, surge no cenário pós-pandemia, onde o isolamento forçado e a crescente alienação acentuaram o desespero e a insanidade. McKay mistura, com habilidade, um conjunto de críticas à sociedade contemporânea, desde a obsessão pelas redes sociais e o progresso tecnológico desenfreado até a superficialidade de uma cultura que celebra a fama e ignora questões existenciais.