“Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo” resgata a magia do primeiro filme ao mesclar memórias juvenis de Donna com os desafios de sua filha, Sophie, na encantadora ilha de Kalokairi. A ausência marcante de Meryl Streep não diminui o brilho desta sequência repleta de canções inesquecíveis do ABBA, trazendo à tona paixões, perdas e reencontros através de uma narrativa que dança entre passado e presente.
A trama acompanha Cyrus (James Morosini) e Shelby (Britany O’Grady), um casal cujo relacionamento de quase uma década caiu na monotonia. A rotina é quebrada com um convite inesperado para o noivado de Reuben (Devon Terrell), um ex-colega de faculdade. O evento ocorre em uma mansão remota, pertencente à família do noivo, e logo revela tensões latentes entre os antigos amigos. A aparente desconexão entre eles, antes tão próximos, cria um pano de fundo melancólico e cheio de potencial para conflitos.
O drama psicológico de “Meu Pai” transcende a tela ao retratar, com uma precisão dolorosa, a desconstrução da mente de um homem diante do avanço da demência. Florian Zeller constrói um labirinto emocional que envolve não apenas o protagonista, mas também aqueles que orbitam sua realidade fragmentada. Com uma atuação monumental de Anthony Hopkins e uma direção meticulosa, a obra expõe as fissuras invisíveis que permeiam famílias assoladas por doenças degenerativas.
Religião, fanatismo e perversão da fé compõem o núcleo ardente de “Apóstolo” (2018), um thriller dirigido por Gareth Evans que investiga as profundezas da natureza humana sob a escuridão de uma ilha isolada. Dan Stevens lidera uma narrativa densa e inquietante, onde cada descoberta ameaça corroer a linha tênue entre devoção e insanidade. Um terror sombrio e cerebral que desafia o espectador a encarar o lado mais nefasto da fé desvirtuada.
O homem, por natureza, parece obcecado por aquilo que está fora de seu alcance. Mesmo ao tocar a realização de seus sonhos, frequentemente encontra maneiras de sabotar a si mesmo, como se temesse a plenitude da felicidade ou não pudesse aceitar suas imperfeições como parte do todo que o torna singular. Essa ambivalência, ao mesmo tempo frustrante e fascinante, faz do ser humano um paradoxal arquiteto de sua própria ruína.
