Autor: Helena Oliveira

Aplaudido por 7 minutos em Cannes, obra-prima que envelheceu igual vinho e ficou cada ano melhor está na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

Aplaudido por 7 minutos em Cannes, obra-prima que envelheceu igual vinho e ficou cada ano melhor está na Netflix

Desde os primórdios da humanidade, as tragédias permeiam nossa existência, moldando narrativas e gerando especulações. Muitas vezes, ao enfrentar a brutalidade da realidade, encontramos refúgio na fantasia, um território íntimo e seguro onde a feiura da vida parece incapaz de nos atingir. Entretanto, o amadurecimento exige que enfrentemos o mundo como ele é, transformando frustrações e revoltas em combustível para uma luta renovada. Essa aceitação, embora dolorosa, revela-se crucial para transcender o cansaço existencial e avançar.  

Margot Robbie, Brad Pitt e Tobey Maguire, para maiores de 18 anos: o filme que chocou Hollywood e venceu 3 Oscars está na Netflix Divulgação / Netflix

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“Babilônia”, dirigido por Damien Chazelle, é uma ode ao caos, à glória e à decadência da Hollywood dos anos 1920. Explorando a transição do cinema mudo para o sonoro, o filme mistura excessos e ambição em uma narrativa pulsante, repleta de personagens marcantes e momentos memoráveis. Com 190 minutos de intensidade, Chazelle evoca nostalgia enquanto traça paralelos com a indústria atual, celebrando e questionando o que significa fazer cinema.

Dirigido por Christopher Nolan e vencedor do Oscar, o filme favorito de Denis Villeneuve neste século está no Prime Video Divulgação / Warner Bros.

Dirigido por Christopher Nolan e vencedor do Oscar, o filme favorito de Denis Villeneuve neste século está no Prime Video

Em “Tenet”, Christopher Nolan nos conduz por um enigma temporal onde cada cena desafia a lógica e a percepção. Misturando tensão, ação e complexidade narrativa, o filme explora o enfrentamento humano contra forças além do controle, entregando uma trama que exige atenção absoluta. Com performances marcantes e visual arrebatador, a obra transforma conceitos de tempo e destino em um espetáculo cerebral e emocionante.

Enigmático e poético, drama que surpreende por atuação sensível e sutil de Adam Sandler está na Netflix Divulgação / Netflix

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Renck, conhecido por trabalhos em videoclipes de Madonna, documentários sobre David Bowie e a série “Chernobyl” (2019), transpõe para o cinema o romance “Spaceman of Bohemia” (2017), de Jaroslav Kalfař. Sua abordagem retira boa parte do tom sombrio do livro, substituindo-o por uma reflexão existencial que casa perfeitamente com a atuação madura de Sandler. Ele vive Jakub Prochazka, um astronauta cuja missão entre a Terra e um ponto indefinido no cosmos revela as contradições de sua humanidade. Entre a solidão absoluta e os ecos de decisões passadas, Jakub encontra na vastidão do espaço um espelho inclemente para seus erros e arrependimentos, enquanto questiona se ainda encontrará algo ou alguém à sua espera no retorno.

Inspirado em best seller traduzido para 50 idiomas e com mais de 11 milhões de cópias vendidas, um dos filmes mais tristes da história está na Netflix

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A história gira em torno de Bruno, um menino de oito anos interpretado com notável sensibilidade por Asa Butterfield. Bruno vive em uma espécie de bolha, isolado da complexidade do mundo adulto e das implicações terríveis do nazismo, um sistema que, embora ele não compreenda, percebe como algo profundamente errado. Sua curiosidade infantil o leva a uma amizade improvável com Shmuel, um garoto judeu preso em um campo de concentração, interpretado por Jack Scanlon. Essa amizade transborda inocência e simplicidade, contrastando com o horror absoluto que circunda os dois meninos.