O melhor filme de 2024, até agora
Yorgos Lanthimos parece ter incorporado com gosto a condição de maldito — ainda que seus filmes arrastem multidões aos cinemas, não se cansem de acumular prêmios e fiquem, para muito além do calor dos holofotes, na cabeça do público. A experiência se repete em “Pobres Criaturas”, uma exageração proposital dos mal-estares da humanidade na pele de uma das manifestações de vida do título, em que o diretor assenta suas frustrações, suas ojerizas, seus desejos mais obscuros.