Autor: Francisco Barros

Todo filósofo é ignorante

Todo filósofo é ignorante

O homem mais ilustrado e brilhante do seu tempo, Sócrates, foi inimigo figadal dos filósofos sofistas. Na realidade, ele sequer os considerava filósofos. Na opinião de Sócrates, eles eram tão somente professores de retórica. E, ainda assim, não estavam à altura de contribuir para o futuro de Atenas. Os séculos provaram que nenhum sofista chegou sequer perto de ameaçar a fama de um dos fundadores da filosofia ocidental.

Só pode ser brincadeira, sr. Feynman!

Só pode ser brincadeira, sr. Feynman!

Pensemos na terra, antes da existência humana. Quem apreciava a beleza dos jardins, dos mares, das cachoeiras? A quem encantavam? Quem inventou o prazer intelectual de pensar sobre tais coisas? São mistérios que desafiam a imaginação dos pobres mortais. E, até mesmo, dos poetas, dos filósofos e dos cientistas.

Um banquete chamado Expedição Abissal

Um banquete chamado Expedição Abissal

Uma colher de Guimarães Rosa, uma pitada de Jorge Amado, alguns gramas de Carmo Bernardes, uma xícara de Gabriel García Márquez, mexa à vontade, solte a imaginação, deixe ao ponto, com muita poesia e inventividade. Assim nasceu, com preciosos e precisos toques autorais, “Expedição Abissal”, do jornalista Hélverton Baiano. Misturar os autores citados, salvo armado de extrema habilidade com as palavras, poderia resultar num Frankenstein literário. Obviamente, não foi o caso.

Autorretrato de aniversário (ou uma selfie indelicada)

Autorretrato de aniversário (ou uma selfie indelicada)

Como falar de si contornando o narcisismo? Em primeiro lugar: bem melhor falar dos outros. E como diria o Ariano Suassuna: de preferência pelas costas, por uma questão de educação, para não melindrar o fulano. Mas veja que começo a desviar do tema e falo dos outros. Falar de si não é fácil porque implica olhar para dentro. Sondar o seu íntimo. Desnudar-se. Expor-se. Revelar-se.

Charles Baudelaire: 200 anos. Para não dizer que não falei das flores (do mal)

Charles Baudelaire: 200 anos. Para não dizer que não falei das flores (do mal)

É quase impossível olhar para o calendário (9 de abril) e não se deixar tocar: 200 anos de nascimento do celebrado “poeta maldito”, Charles Baudelaire. Ao citar o vate, vem imediatamente à memória a sua produção máxima: “As Flores do Mal”. A obra que para muitos inaugurou a modernidade literária ao romper com as formas clássicas do verso e com os cânones literários vigentes.