Autor: Eberth Vêncio

Deus te ama, mas não é burro

Deus te ama, mas não é burro

Não confies em tudo o que lês. Cega as asneiras, pois, elas são várias. Amar varia; odiar, idem. Resta atento, pois, os ineptos bradam com uma confiança acima da média. Não confies em pessoas que nunca dançam. Elas podem te fazer dançar, no pior sentido. Sufoca os gemidos. Dança. Rebola. Chacoalha o quadril como se ele fosse de mola.

A morte pede carona. O amor vai a pé

A morte pede carona. O amor vai a pé

Não sou de me queixar às pessoas. O que não tem remédio remediado está. Nem sei se quero justiça. Justo seria que minha memória se apagasse. Lei nenhuma fará com que tu entres novamente por aquela porta sorrindo com o corpo inteiro, esbanjando jovialidade, rivalizando os seus 22 anos com a luz milenar do sol. A escuridão me abarca.

Coisas incríveis que dá pra fazer se você tiver uma arma de fogo

Coisas incríveis que dá pra fazer se você tiver uma arma de fogo

Uma arma para cada cidadão de bem. Nada mal. A morte é laica. É justo que as pessoas se municiem para a legítima defesa da honra, da família e dos patrimônios materiais. Meter bala em qualquer coisa que respire, pese mais de 15 quilos e salte o muro de casa. Ensinar as crianças a odiarem um ser humano em 10 lições. Armar confusão com o vizinho. Fazer uma guerra. Defender o território.

A incrível entrevista de Bono, da banda U2, à Revista Bula

Eu caminhava ansioso pela pista do Estádio Morumbi, tomando sereno na calva e aquelas gotinhas homeopáticas para expandir os pulmões, enquanto Noel Gallagher, ex-integrante do Oasis, juntamente com seus High Flying Birds, surravam o pau, ou melhor, os instrumentos, aquecendo a plateia que já lotava o estádio. Sei que vocês não vão acreditar, mas, mesmo assim, vou lhes contar como cruzei com o líder e vocalista do U2.

Paul McCartney está velho

Paul McCartney está velho

São Paulo, 15 de outubro de 2017. Não se amofine. Você mordeu a isca. Eu também adoro Paul McCartney. Aliás, isso aqui é uma declaração de amor, pode crer. Não sei como a coisa funciona noutros países, noutras culturas, afinal de contas, li pouco, viajei pouquíssimo, não conheço o Tibete, não sou tão esperto quanto você imagina que eu seja. Às vezes, dá uma vontade danada de me mandar daqui. Daí eu me lembro dos meus antepassados que já morreram e o ímpeto passa rapidinho.