A joia cinematográfica indicada a 3 Oscars que é tão bonita que vai te de dar arrepios está no Prime Video Emmanuel Lubezki / Fox Searchlight

A joia cinematográfica indicada a 3 Oscars que é tão bonita que vai te de dar arrepios está no Prime Video

Indicado a três estatuetas do Oscar, a obra-prima de Terrence Malick “A Árvore da Vida” é um drama transcendente e filosófico que traz imagens monumentais, que vão desde o Big Bang até a evolução mais recente da Terra, que culminou na existência humana. Enquanto alterna imagens do cosmo com a de uma família texana, o filme garante imagens metafóricas e de tirar o fôlego para nos arremessar em um limbo de questionamentos existencialistas. Em “A Árvore da Vida”, no Prime Video, questionamos nossas próprias crenças e filosofias.

Apesar das atuações brilhantes de atores inquestionáveis, como Brad Pitt, Jessica Chastain e Sean Penn, o grande trunfo é da fotografia incandescente de Emmanuel Lubezki, diretor de fotografia mexicano que contribuiu de forma extraordinária para a composição geral do filme. Lubezki é tão imponente em sua fotografia, que seu trabalho se torna a grande estrela de todas as produções nas quais ele trabalha. Cada imagem tem um significado Fala antes das palavras.

“A Árvore da Vida” foi a primeira de três colaborações com Terrence Malick. As parcerias seguintes foram em “Amor Pleno”, de 2012, e “Cavaleiro de Copas”, de 2015. Curiosa também foi a quantidade de trabalhos revelados por Malick naqueles anos, tendo em vista que seus filmes sempre foram bastante espaçados entre si. Sendo que o hiato entre “Cinzas no Paraíso” e “Além da Linha Vermelha” foi de 20 anos. “O Novo Mundo” veio sete anos depois do anti-guerra cult injustamente ofuscado por “O Resgate do Soldado Ryan”, de Steven Spielberg, que é bem inferior.

Terrence Malick passou boa parte de sua vida ensinando filosofia e atuando como jornalista, sendo o cinema uma espécie de passatempo. Em suas obras, ele deixa muito claras suas inquietações espirituais e suas indagações sobre a existência ou não divina. Em “A Árvore da Vida”, ele explora a dinâmica familiar de uma tradicional residência texana da cidade de Waco, nos anos 1950.

Em cenas nostálgicas e evocativas, ele traz a infância dos três filhos do casal O’Brian, vividos por Brad Pitt e Jessica Chastain. Embora amoroso e ativo na educação e nas brincadeiras das crianças, o pai é uma figura autoritária e que está constantemente cobrando disciplina e compromisso dos filhos. Enquanto isso, a mãe de Chastain é quase etérea. Doce, terna e compassiva, sua imagem é sempre angelical e cristalina, expressando seu perdão e compaixão eternos.

Apesar do casal possuir três filhos, a narrativa explorar mais especificamente um deles, Jack, que é interpretado na infância por Hunter McCracken e, quando adulto, por Sean Penn. Se sabe que um dos irmãos, quando jovem, vai embora para servir na guerra e acaba morrendo. Então, a história passa a explorar a culpa e o luto e o papel de cada um na construção dos destinos com um passado entrelaçado.

Jack, então, surge sufocado em meio à cidade e, também à natureza. A fotografia claustrofóbica de Lubezki nos leva a entender que é assim que ele se sente: em uma encruzilhada do destino, tentando compreender seu destino. Por que ele está vivo e seu irmão, não?

A mãe, quase uma Virgem Maria que perdeu o filho, chora a perda. Sofre e é purificada pela água do mar, que limpa toda a dor e renova espiritualmente. A conexão entre a mãe e a natureza também é simbólica no que tange a representação da vida, da criação e da fertilidade. “A Árvore da Vida” é poesia pura, mas não é para qualquer pessoa.


Filme: A Árvore da Vida
Direção: Terrence Malick
Ano: 2011
Gênero: Drama
Nota: 10