4 filmes filosóficos e metafísicos na Netflix que revelam as profundezas da mente humana Benjamin Loeb / Netflix

4 filmes filosóficos e metafísicos na Netflix que revelam as profundezas da mente humana

Para muitos, a metafísica é o nada absoluto: o homem não veio de lugar algum, vem à luz e ao morrer, não lhe resta mais nenhuma alternativa além dos vermes. E, claro, há os que dizem que a metafísica, ao contrário, se refere à um ser sobre todos os seres, uma espécie de matéria impalpável a reger a vida, tanto material como a do espírito. A metafísica, o mais caro legado de Aristóteles (384-322 a.C.), é a ciência de tudo; enquanto cada campo do conhecimento humano dedica-se ao estudo de determinada ciência, a metafísica compreende a ciência como um todo, um saber particular e universal, que paira sobre todas as descobertas do homem sobre a Terra. Aristóteles antecedeu o filósofo Andrônico de Rodes ao classificar os seus estudos acerca da metafísica de filosofia primeira, ou seja, um arrazoado de conhecimentos livres da prática e mesmo da mera percepção carnal. Metafísica e filosofia seriam noções correlatas, haja visto que a filosofia é o estudo do ser na sua condição primeira, isto é, a filosofia se debruça sobre a natureza das coisas e sua forma de se ordenar, independentemente do querer do indivíduo e do mundo físico. Para entender melhor todos esses conceitos, a Bula organizou uma seleção quatro filmes que trazem à luz a vastidão do espírito do homem valendo-se da ideia de metafísica. Na lista, “Pieces of a Woman” (2020), de Kornél Mundruczó; “Dunkirk” (2017), de Christopher Nolan; “O Quarto de Jack” (2015), de Lenny Abrahamson; e “Noah” (2014), de Darren Aronofsky. Os filmes foram elencados do mais recente para o mais antigo e não seguem nenhuma outra norma de classificação.

Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix

Giancarlo Galdino

Depois de sonhos frustrados com uma carreira de correspondente de guerra à Winston Churchill e Ernest Hemingway, Giancarlo Galdino aceitou o limão da vida e por quinze anos trabalhou com o azedume da assessoria de políticos e burocratas em geral. Graduado em jornalismo e com alguns cursos de especialização em cinema na bagagem, desde 1º de junho de 2021, entretanto, consegue valer-se deste espaço para expressar seus conhecimentos sobre filmes, literatura, comportamento e, por que não?, política, tudo mediado por sua grande paixão, a filosofia, a ciência das ciências. Que Deus conserve.