7 filmes considerados de garotas, mas que os homens adoraram, no catálogo da Netflix

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Desde seu surgimento na escala evolutiva, o homo sapiens logo entendeu que precisava se adaptar a fim de não ficar pelo caminho. O homo sapiens propriamente, não: a biologia. Ao longo dos milênios, a natureza humana foi se moldando, obedecendo a diretrizes genéticas que garantiriam a sua hegemonia sobre todas as outras espécies. Deu certo. Por meio do compartilhamento de informações entre indivíduos com sequenciamento genético comum, conseguimos nos tornar mais e mais fortes, porque sabíamos exatamente que inimigos tínhamos ou não a capacidade de vencer; porque passamos a reconhecer as criaturas que se deixariam subjugar, ainda que depois de certa resistência, a fim de tornar nossa vida mais confortável; porque ficamos mais confiantes frente aos tantos desafios da vida, graças ao acúmulo de experiências que nos davam crédito a respeito de alguma margem de acerto. Percebendo-se cada vez mais poderoso, o homo sapiens logo se sentiu também no direito de exercer autoridade sobre seres de seu próprio grupo, sempre com a providencial ajuda da ciência da vida. Estabeleceu-se tacitamente que, por serem dotados de anatomia com músculos mais desenvolvidos e rígidos, espécimes do sexo masculino se responsabilizariam pelo provimento da alimentação, se dedicando à caça, à pesca e à coleta de frutos. Os demais, isto é, as mulheres, permaneceriam nos limites da área usada para comer, dormir e dar azo às parcas interações sociais possíveis — o que hoje se denomina por lar —, assistindo os filhos e, principalmente, os mantendo a salvo de predadores. É claro que, já naquele tempo, havia quem não se submetesse, e a questão era resolvida de modo bastante prosaico: a insubordinada era banida ou morta. Homens e mulheres, definitivamente, não parecem serem feitos do mesmo barro, dadas as infinitas discrepâncias entre estas e aqueles. Vem de muito tempo a discussão acerca das diferenças que separam homens de mulheres. O tema é verdadeiramente fascinante e, vira e mexe, pipoca um estudo sobre o que de fato nos distingue, uns das outras. Mais de uma vez, chegou-se a uma conclusão que se poderia classificar com, pelo menos, três adjetivos, não muito harmoniosos entre si, óbvia, aterradora, aliviante: não existe nenhum dado no DNA humano que sugira haver disparidades intelectuais ou de comportamento relevantes entre homens e mulheres. Em assim sendo, homens, inspirados pelo próprio criador da psicanálise Sigmund Freud (1856-1939), seguem perguntando o que querem as mulheres, ainda mais depois de já terem conquistado tanto, e a resposta chega de imediato: as mulheres só querem o que falta. Quase nunca homens e mulheres desejam o mesmo, e isso é o que confere sabor às relações. Universos paralelos que se cruzam por um capricho qualquer da existência, como os protagonistas de “Diário de uma Paixão” (2004), dirigido por Nick Cassavetes, e “Um Lugar Chamado Notting Hill” (1999), de Roger Mitchell. Lançados entre 2016 e 1999, esses e outros cinco títulos, os sete na Netflix, são igualmente apreciados por damas e cavalheiros, malgrado os marmanjos menos autoconfiantes nunca admitam. Os brutos também amam — e choram —, e o machão aí sabe muito bem do que estamos falando.

Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix