Preciosidade histórica: acervo de Vinicius de Moraes reúne 11 mil documentos, ao alcance de um clique

Preciosidade histórica: acervo de Vinicius de Moraes reúne 11 mil documentos, ao alcance de um clique

Agora, quem tiver interesse em saber mais a respeito da obra de Vinicius de Moraes (1913-1980) tem um porto seguro. Um número superior a 11 mil registros, compilados no Acervo Digital Vinicius de Moraes, percorre quase meio século e dá uma ideia de como era o processo de criação do autor, que além de ter se destacado na poesia, compôs letras de canções, escreveu peças de teatro e artigos de jornal e ainda foi diplomata antes de se tornar famoso. Há textos escritos à mão e datilografados.

Idealizado e coordenado pela neta e pelo sobrinho-neto de Vinicius, Julia e Marcus Moraes, o acervo nasceu da intenção de conservar a memória da cultura brasileira, fomentar estudos e tornar a obra do poeta mais acessível. O projeto recebeu patrocínio do Ministério do Turismo e do banco Itaú e foi supervisionado pela VM Cultural.

A partir do fim dos anos 1980, já depois de Vinicius ter morrido, a família doou mais de 11 mil documentos do Poetinha ao Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Em 1992, o arquivo passou a admitir consulentes na própria instituição.

O acervo foi disposto em três partes. A primeira apresenta a correspondência de Vinicius com figurões da literatura, da música e do cinema do Brasil e do mundo, a exemplo de Baden Powell, Carlos Lyra, Tom Jobim, Orson Welles, Gabriela Mistral, Pablo Neruda e Waldo Frank, bem como mensagens trocadas com políticos, parentes, amigos e editores.

O segundo segmento expõe a produção intelectual de Vinicius de Moraes durante a vida: poesia, textos em prosa, artigos, peças, composições e espetáculos musicais, roteiros de filme, discursos, as entrevistas que concedeu e traduções.

Na área musical, o público tem acesso a mais de 260 letras, com destaque para “Insensatez”, “Chega de Saudade”, quatro versões de “Canto de Ossanha”, nove de “Canção do Amanhecer”, “Por Toda a Minha Vida”, “Tarde em Itapoã”, “Samba da Bênção” e “A Minha Namorada”.

Em poesia, todos os livros de Vinicius estão liberados para leitura, assim como manuscritos, versões datiloscritas, emendas, correções e textos elaborados várias vezes.

A maior parte da produção em prosa foi publicada na imprensa do Rio de Janeiro, estendendo-se entre os anos 1940 e 1950. Vinicius foi autor de crônicas, críticas de cinema e artigos sobre MPB em jornais e revistas.

Na seção que compreende itens diversos, há folhetos, cadernos de anotações, convites e documentos que testemunham o desenvolvimento do cinema no Brasil.

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