O melhor de Quino: dez tiras icônicas

O melhor de Quino: dez tiras icônicas

Morreu, aos 88 anos, o cartunista argentino mais conhecido e traduzido em todo o mundo, Joaquín Salvador Lavado Tejón, o Quino. Ele era famoso, principalmente, pelos quadrinhos da personagem Mafalda, uma garotinha inteligente e questionadora. Segundo a imprensa da Argentina, Quino sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) nos últimos dias e não resistiu. Filho de imigrantes espanhóis, Joaquín nasceu em 1932, na cidade de Mendoza, na Argentina. Sonhava em ser quadrinista desde os três anos, inspirado no tio, também chamado Joaquín, que fazia desenhos para ele e seus irmãos. Quino Cresceu em uma família humilde e perdeu os pais ainda na adolescência.

Ingressou no curso de Belas Artes, mas não chegou a concluir. Abandonou os estudos para perseguir a carreira de quadrinista. Teve um início difícil, passou por dificuldades para se estabelecer em Buenos Aires, mas após alguns anos começou a publicar suas tirinhas regularmente em jornais e revistas.

Foi um trabalho publicitário, em 1963, que o incentivou a criar sua personagem mais conhecida. A ideia era mostrar, de forma cômica, uma família utilizando os eletrodomésticos Mansfield. Por isso, o nome Mafalda, semelhante à marca. O material foi rejeitado, mas Quino desengavetou Mafalda no ano seguinte, em uma publicação para o jornal portenho “Primera Plana”.

Logo depois, Mafalda começou a ser publicada em vários jornais, além de ter virado um filme, em 1982. Além da garotinha e de seus pais, toda a turma de Mafalda ganhou o mundo: Manolito, Felipe, Susanita, Guille e Liberdade. Em 1973, Quino decidiu não desenhar mais os personagens. Os livros que reúnem as tirinhas foram traduzidos em mais de 30 idiomas.

Desde então, Quino continuou criando quadrinhos cômicos, com críticas aos governos e à desigualdade social. Há anos, sofria com a saúde debilitada e se deslocava em uma cadeira de rodas. A morte de sua esposa, Alicia Colombo, em 2014, coincidiu com a acentuação de seus problemas. Ele morreu no dia 30 de setembro de 2020. Em homenagem, a Bula reuniu algumas de suas tirinhas icônicas.