3 filmes na Netflix que são estranhos até para cinéfilos Claudette Barius / Netflix

3 filmes na Netflix que são estranhos até para cinéfilos

A arte sempre foi um espaço confortável para o insólito, mas, no cinema, há obras que mesmo assim causam algum tipo de estranhamento e cruzam a fronteira do excêntrico, deixando até os cinéfilos mais experientes um pouco desorientados. Essas histórias narradas através de frames deformam a realidade e coloca o espectador em um quebra-cabeça de 10 mil peças sem manual. A Revista Bula fez uma visitinha às prateleiras da Netflix para buscar filmes que parecem pregar peça na lógica. Qualquer amante de sétima arte, em algum momento dessas histórias, vai se perguntar se está mesmo vendo um filme ou se tomou ácido e agora está em uma alucinação perturbadora.

Esses títulos dividem um traço comum: são experiências mais que histórias lineares. O esquisito não é apenas estético, mas uma ferramenta de exploração do medo, dos transtornos e obsessões humanas. Em uma das tramas, o universo e invadido por forças obscuras, transformando telas e esculturas como instrumentos de morte. Em outra, uma viagem curta de carro se dilata e se transforma em um mergulho na memória e identidade, enfiando o espectador em um labirinto psicológico. E em outra, acompanhamos a vida como se fosse uma performance épica, confundindo o real e o imaginário.

”Ah, que legal! Algo diferente de tudo que já vi”, você deve estar dizendo a si mesmo. Bem, sim. Mas não pense que são títulos fáceis de assistir. Pelo contrário, eles desafiam a clareza, caçoam da linearidade e criam sua própria linguagem. Quem ousa assistí-los precisa abrir mão das certezas absolutas. O estranhamento e a surpresa fazem parte da jornada. A recompensa, no entanto, é conseguir olhar o cinema com novos olhos: como um espaço onde o bizarro e o sublime coexistem.

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.