4 filmes surrealistas que fariam Salvador Dalí parar parar ver, na Netflix Alison Rosa / Fox Searchlight

4 filmes surrealistas que fariam Salvador Dalí parar parar ver, na Netflix

O surrealismo no cinema nunca se limitou às distorções imagéticas e lógicas. Os filmes do gênero sempre foram mais uma espécie de convite para questionar a própria percepção da realidade. A Revista Bula selecionou algumas produções na Netflix que não te oferecem respostas. Pelo contrário, te deixam com a cabeça latejando, cheia de perguntas, desconfiando de tudo que viu e ouviu. A estética surrealista é uma arma poderosa para revelar as fragilidades da mente, a fluidez do tempo e os abismos entre consciente e inconsciente.

Se Salvador Dalí estivesse vivo hoje e fosse um espectador dos streamings, certamente encontraria alguns títulos que despertariam seu interesse. Imagine ele sendo arrancado de sua própria contemplação para mergulhar nos delírios visuais de outros artistas? A Netflix reúne narrativas que misturam teatro, pintura, filosofia e alucinações da mente. O cinema não precisa seguir a linha reta do racionalismo ou do realismo para alcançar profundidade.

Aqui, a instabilidade é a regra. A coerência é uma ilusão passageira. As fronteiras entre a vida, a arte e o delírio se dissolvem, transformando cada sequência em uma tela em movimento. Esses filmes são fascinantes, mas é sua capacidade em encontrar equilíbrio na forma, conteúdo e narrativa que trazem reflexões sobre identidade, criAção, memória e sociedade. Cada um, à sua maneira, é uma capsula de questionamentos. Não vale apenas assistir, é preciso experimentar e suportar o desconforto que provocam.

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.