5 faroestes que valem cada milésimo de segundo do seu tempo Divulgação / TriStar Pictures

5 faroestes que valem cada milésimo de segundo do seu tempo

O faroeste é um dos gêneros mais amados do cinema, embora tenha atravessado diversas fases, algumas nem tão boas assim. A verdade é que o faroeste ajudou a definir os pilares do mito americano, já que nasceu praticamente junto com o cinema, e consolidou a Sétima Arte como principal forma de entretenimento comercial no início do século 20.

Com a chegada do som, os faroestes — e o cinema — ganharam ídolos como John Wayne e John Ford. Seus filmes celebraram o pioneirismo americano na conquista do território e a masculinidade heroica, definindo estética, figurino, cor e etnia de vilões e mocinhos. Inicialmente, o gênero servia como símbolo do colonialismo americano, colocando o homem branco como herói enquanto os “outros” — indígenas, mexicanos ou forasteiros — eram retratados como inimigos. Mas, nos anos 1950, houve uma virada: dilemas morais e heróis mais complexos passaram a permear o gênero. O questionamento da violência e o papel do indivíduo na comunidade introduziram uma espécie de desencanto.

Nas décadas seguintes, o gênero começou a decair nos Estados Unidos, sobrevivendo graças ao spaghetti western, o faroeste italiano, que reinventou o estilo com cinismo, poesia e ambiguidade, transformando os anti-heróis em protagonistas. E foi justamente Clint Eastwood, principal astro desse subgênero, quem resgatou o faroeste nos tempos atuais, mantendo viva sua mitologia, mas não sem incorporar estudos de personagem, contextos políticos e históricos, além de um olhar crítico sobre a violência, o envelhecimento e a culpa.

Se você também não resiste a um bom faroeste, acompanhe conosco essa jornada incrível pela história do cinema.

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.