7 livros que se tornaram febre — e depois viraram motivo de piada

7 livros que se tornaram febre — e depois viraram motivo de piada


Nem todo livro que conquista multidões resiste ao teste do tempo. Alguns romances explodem em vendas, inundam redes sociais, dominam listas de best-sellers e até parecem ter vindo para ficar. Mas, passada a febre, resta um silêncio desconfortável, ou pior: gargalhadas constrangedoras. Porque a popularidade não é sinônimo de qualidade, e o gosto coletivo, muitas vezes volúvel, se deixa seduzir por histórias frágeis, personagens rasos e reviravoltas forçadas. É claro que um sucesso editorial pode ser sincero, pode emocionar e marcar época, mas há casos em que, ao revisitar as páginas ou lembrar do enredo, o leitor sente vergonha alheia. Talvez por isso, tantos desses títulos, idolatrados ontem, hoje sejam vistos com certo deboche. Tornaram-se memes, alvos fáceis de ironias e lembranças constrangedoras do que um dia foi levado a sério.

Não há mal nenhum em gostar do que é popular. O problema é quando a popularidade de uma obra mascara sua fragilidade narrativa. Em muitos casos, o fenômeno midiático faz com que leitores pouco habituados à leitura tratem aquele título como um marco insuperável da literatura, esquecendo que grandes histórias atravessam séculos, enquanto outras mal sobrevivem a um verão. Livros que vendem milhões em semanas, mas caem no esquecimento meses depois, revelam mais sobre as estratégias de marketing e o espírito do tempo do que sobre a qualidade literária em si. Na era das redes sociais, onde hashtags constroem fenômenos e slogans substituem argumentos, a literatura pop muitas vezes se contenta em ser passageira, efêmera e descartável. O culto inicial dá lugar à zombaria, e os protagonistas outrora idolatrados passam a inspirar apenas piadas e olhares constrangidos.

Nesta lista, revisitamos sete livros que, em seu auge, pareciam inquestionáveis: formaram comunidades apaixonadas, inspiraram filmes e séries, e movimentaram milhões em vendas. Mas o tempo, sempre cruel com o que não tem consistência, tratou de colocá-los no lugar onde hoje habitam: o do meme cultural. São obras que talvez tenham servido como porta de entrada para novos leitores e, nesse sentido, merecem algum reconhecimento, mas que não resistiram ao olhar crítico e ao distanciamento histórico. Não significa que não possam divertir ou emocionar alguém ainda hoje, mas é preciso encarar com humor o fato de que já foram vistas como o auge da produção literária contemporânea. Porque, no fundo, a literatura, como tudo que é humano, também tem seus modismos, exageros e fiascos. As sinopses foram adaptadas a partir das originais fornecidas pelas editoras.