Sátira com Brad Pitt na Netflix é o diagnóstico de um sistema que prefere repetir erros
A confusão calculada que guia “War Machine” começa muito antes de qualquer explosão, discurso militar ou mapa estratégico. Ela se instala naquele instante desconfortável em que o espectador percebe que não está diante de uma narrativa de guerra tradicional, mas de um espelho deformado o suficiente para revelar verdades que, ditas de forma direta, soariam menos convincentes. O filme encontra força justamente nesse estranhamento: a postura rígida de um general que parece ter sido moldado em laboratório, a coreografia involuntária da burocracia militar e a incapacidade de reconhecer que nenhuma engrenagem funciona como os discursos prometem.





