Comovente, delicado e surpreendente, este filme na HBO Max redefine o que significa amar alguém cheio de imperfeições Divulgação / TriStar Pictures

Comovente, delicado e surpreendente, este filme na HBO Max redefine o que significa amar alguém cheio de imperfeições

Longe dos estúdios desde “Como Você Sabe” (2010), Jack Nicholson apresenta uma das performances mais marcantes da prolífica carreira em outro filme de James L. Brooks. O Melvin Udall de “Melhor É Impossível” é um daqueles instantes mágicos ao longo dos 130 anos da história dos filmes, por sua capacidade de reunir tantos sentimentos numa só composição e, como se não quisesse nada, transcendê-la, mostrando que todos somos um pouco aquele homem atormentado que, a seu modo, implora por ajuda.

Terror na Netflix invade a emoção pela porta da frente e deixa um rastro de inquietação Divulgação / Screen Gems

Terror na Netflix invade a emoção pela porta da frente e deixa um rastro de inquietação

O universo de “Brightburn: Filho das Trevas” provoca uma sensação curiosa: a de acompanhar um mito conhecido se despedaçando diante dos nossos olhos, como se alguém tivesse pego o arquétipo do menino destinado à salvação e o invertido com a frieza de quem dobra uma faca sobre o próprio metal. A história de Brandon, interpretado por Jackson A. Dunn, nasce justamente desse atrito entre fantasia e angústia, e talvez seja por isso que o filme mexe com algo instintivo.

Romance no Prime Video que mistura fantasia e melancolia vai prender você do início ao fim Divulgação / Lionsgate

Romance no Prime Video que mistura fantasia e melancolia vai prender você do início ao fim

A ideia de acompanhar a trajetória de alguém que atravessa o século mantendo a mesma aparência poderia facilmente escorregar para a fantasia inofensiva, mas “A Incrível História de Adaline” escolhe outro caminho. A figura de Adaline Bowman, interpretada por Blake Lively, não é apresentada como um enigma místico a ser decifrado, e sim como alguém que carrega um tipo específico de sofrimento: o desgaste mental provocado pela impossibilidade de seguir o fluxo do tempo.

Filme recém-chegado à Netflix promete te proporcionar gargalhadas e devolver a energia que a semana drenou Divulgação / Annapurna Pictures

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O curioso de “Boksmart” é que ele parte de um território já tantas vezes visitado: adolescência tardia, noites que prometem mais do que entregam, a falsa sensação de que existe um roteiro universal para crescer, e, ainda assim, insiste em cutucar o espectador com uma vitalidade que o gênero raramente sustenta. Desde cedo, fica evidente que Amy, interpretada por Kaitlyn Dever, e Molly, vivida por Beanie Feldstein, alimentam uma convicção quase religiosa de que disciplina escolar compensa cada festa perdida.

Romance épico adaptado para o cinema: Joel Edgerton estrela jornada de solidão e redenção na Netflix Divulgação / Black Bear

Romance épico adaptado para o cinema: Joel Edgerton estrela jornada de solidão e redenção na Netflix

Não há dúvidas de que é um desafio hercúleo transformar uma prosa deliberada, cheia de devaneios e abstrações, em uma história narrada de forma clara e objetiva nos cinemas. Obcecado pelo livro “Sonhos de Trem“, de Denis Johnson, o cineasta Clint Bentley, com a ajuda de Greg Kwedar no roteiro, decidiu transportar a ficção de Robert Grainer para as telas. A narrativa fragmentada e subjetiva dá espaço para um conjunto de imagens contemplativas.