Autor: Carlos Willian Leite

A morte chegou antes dos 27. Aos 25 já tinha escrito mais de 200 canções. Virou lenda

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Vila Isabel moldou Noel Rosa com quintais estreitos, vizinhos nas janelas e um fórceps apressado que lhe marcou o rosto. Adolescente atento, aprendeu a responder à dureza com humor, frequentou bares de esquina, colecionou conversas e noites longas. O rádio o puxou para auditórios, o cinema o chamou para a luz, mas ele preferia mesas pequenas e lápis afiado. A tuberculose encurtou caminhos, multiplicou lenços, impôs consultas e promessas de repouso. Em 4 de maio de 1937, aos vinte e seis anos, o país acordou menor, por uma ausência irrespondível.

Sócrates: quando a Democracia calçou chuteiras

Sócrates: quando a Democracia calçou chuteiras

Chamava-se Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. Corria pouco e via antes. O estádio aprendia seu atraso e respirava. A bola aceitava a luz baixa daquele olhar. A infância guardou livros, quintais, rádio de pilha. Depois vieram jaleco, assembleias, gestos que escreveram uma palavra maior. No Estádio de Sarriá, beleza e ferida. Em Florença, um nome que não esfriou. Na última manhã, silêncio e punhos erguidos. Ficou a lição simples e rara: estender a mesa, desacelerar o minuto, devolver ar às pessoas. E lembrar: coragem sabe pedir cuidado.

Os 7 melhores livros brasileiros de 2025, até agora

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Um país respira pela boca da linguagem. No azulejo da cozinha, na nave da igreja, no arquivo guardado em caixas úmidas, na sala de aula onde a atenção vacila, na janela azul que aproxima e separa. Há um pulso antigo que não cessa e um presente que pede nome. Entre a infância que hesita e o corpo que negocia seus limites, a poesia afia a escuta e a prosa recolhe indícios.

Ler é morrer um pouco e voltar outro

Ler é morrer um pouco e voltar outro

Uma cidade desperta e, entre persianas e passos, leitores atravessam páginas como quem atravessa outra pressão de ar. No ônibus, no sebo, na escola, no hospital, em casa e na biblioteca, a leitura desloca ângulos, aperta músculos discretos, ensina o nome exato de um cheiro. Não consola; afina. Entre tarefas e urgências, ela grava pequenas cicatrizes e redesenha perímetros: impede um grito, autoriza um riso, desalinha o mundo de leve e aprofunda quem o vê.

Os 11 maiores atores da história do cinema: a seleção suprema

Os 11 maiores atores da história do cinema: a seleção suprema

Esta lista organiza onze atores no sistema 4-3-3, adotando a linguagem tática do futebol como ferramenta comparativa para o cinema. Concebida por um historiador e um físico, ela posiciona temperamentos de tela em funções de jogo, quem ancora, quem organiza, quem rasga espaço. Os critérios são explícitos: impacto histórico, amplitude de registro, precisão técnica, potência de imagem e capacidade de alterar o tempo interno de um filme.