Em “Reykjavik” (2012), ele retratou a disputa entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria com um perfeccionismo notável. No entanto, é possível perceber uma conexão entre essa obra e seu filme de 2018, como se “A Sociedade Literária” pudesse ser vista como uma espécie de prólogo ou prelúdio ao que foi apresentado em “Reykjavik”.
Em “Taxi Driver” (1976), dirigido por Martin Scorsese, Bickle tenta encontrar algum propósito na vida ao se tornar motorista de táxi, uma escolha motivada tanto pela insônia crônica quanto pelo desejo de afastar o vazio existencial que o consome. Schrader, roteirista do filme, criou um personagem complexo, movido por frustrações, ressentimentos e um certo lirismo sombrio, incapaz de descansar ou de encontrar paz em uma rotina banal. A ociosidade, para ele, é vista como uma falha imperdoável de caráter, refletindo um profundo desajuste com o mundo ao seu redor.
“O Retorno da Lenda” se destaca como um faroeste moderno que foge ao convencional, transportando o espectador para uma narrativa envolvente e imprevisível. Filmado em uma locação inusitada, o filme mergulha em uma atmosfera de tensão crescente, onde cada diálogo é cuidadosamente calibrado e a ação se desenrola com intensidade. Com personagens complexos e uma trama cheia de reviravoltas, esta obra resgata o espírito do Velho Oeste de forma original e cativante.
Em “Donzela”, Juan Carlos Fresnadillo reinventa os contos de fadas com uma trama sombria e repleta de suspense. Millie Bobby Brown protagoniza como Elodie, uma jovem forçada a casar-se com um príncipe para salvar sua vila da miséria. No entanto, o que começa como um conto de resgate e redenção rapidamente se transforma em uma luta desesperada pela sobrevivência, onde Elodie descobre que sua verdadeira força está em si mesma, e não em príncipes encantados.
Nollywood, a novíssima e muito pulsante indústria cinematográfica da Nigéria, parece ter se especializado em histórias com vívido teor moralizante, aplicado de forma quase tão dura quanto a paisagem em que se ambientam. Produções como “Tòkunbò”, de Ramsey Nouah, não têm medo de patrulhas de nenhuma espécie, e em sendo assim, o espectador fica seduzido com as inúmeras possibilidades por trás de um filme à primeira vista ligeiro. O resultado é uma trama espantosamente coesa, pela qual o público vai tomando gosto ainda que a princípio não entenda onde aquilo pode dar.
