“Mistério em Paris”, continuação de “Mistério no Mediterrâneo” (2019), de Kyle Newacheck, segue investindo no especioso contrassenso entre um casal de meia-idade, ainda vigoroso, todavia certo de que os melhores dias de suas vidas fazem parte de um passado que não lhes cabe mais, até que Jeremy Garelick, o diretor, vai tirando da cartola situações que ratificam a insânia que volta a ser o cotidiano dos dois.
Uma história real e incrível de sobrevivência e superação, “O Castelo de Vidro” narra a biografia da jornalista Jeannette Walls, que passou sua infância vivendo com sua família disfuncional. Com um pai alcoólatra e a mãe artista, ela e os irmãos eram levados de cidade em cidade, sem estabilidade, segurança e conforto, pelos pais. O filme retrata o caos, abusos e pobreza enfrentados pela família.
Um romance adolescente mais intenso e complexo do que se espera quando se depara com o cartaz do filme, “Por Lugares Incríveis” nos conduz para o universo particular de Finch e Violet, dois jovens com almas feridas e que se conectam. Após a morte de sua irmã, Violet se fecha para o mundo e entra em um abismo de depressão, mas com ajuda de Finch, ela redescobre a vida e suas belezas. No entanto, o namorado também tem suas próprias feridas para serem curadas.
“Criminoso ou Inocente: O Caso Big Mäck” dedica-se, em boa parte de sua módica hora e meia, a desfiar as agruras de um homem alvejado pela maior das vergonhas a espreitar um indivíduo pelas léguas tortas da vida. Donald Stellwag, o Big Mäck do título, o homem grande e triste ensanduichado por absurdos, resiste a nove anos no inferno, mas vira ele mesmo o dragão da maldade pelas mãos de um “dotô”.
Férias constituem o período ideal para que tudo o que é varrido para debaixo do tapete na vida em família torne-se tão insuportavelmente majestoso que termina por aflorar, esparramando toda a sujeira pelo salão. No que diz respeito a “Tempo Compartilhado”, o filme do mexicano Sebastián Hofmann se aproxima do ridículo dessas situações, mas conta com a força inestimável de que só as narrativas de suspense, com suas idas e vindas e seus altos e baixos, são capazes para fazer com que o espectador partilhe da revolta de seu protagonista.
