Após quatro meses de duração do mês de agosto, finalmente adentramos setembro e a Revista Bula traz novidades. Esta lista contém uma seleção de produções que irão estrear ao longo das próximas quatro semanas e você tem que ficar ligado para não perder nenhum desses títulos, que parecem bem promissores.
Em “Kahaani” (2012), Sujoy Ghosh mistura com arrojo competente thriller, romance, drama e crítica social como só alguém tão fortemente marcado por sua própria terra consegue. Aludindo aos belos rituais religiosos do país — com as tantas cores berrantes, as luzes vívidas, os fumos estupefacientes da Durga Puja, festa em honra da deusa da Criação hindu —, bem como levando à tela a babel de uma Calcutá que parece congelada num passado de pobreza, atraso tecnológico e vida em tudo precária, Ghosh oferece ao espectador um panorama bastante autêntico do que é ser uma pessoa comum na Índia dos nossos dias.
Até hoje ninguém sabe se o arqueiro mais habilidoso da Idade Média existiu de fato; mesmo assim, seu exemplo, o de um homem digno, revoltado com o destino cruel de ter de se conformar com a marginalidade, inspira sonhadores do mundo todo. “Passei por Aqui” (2022), do diretor britânico-iraniano Babak Anvari, discorre sobre a vergonha da perpetuação da miséria e de cenários indignos para a vida centrando a história numa figura poética, que faz as coisas bem ao seu jeito.
A cada dia me surpreendo com o que consigo encontrar na Netflix. Além das novidades que chegam semanalmente ao catálogo, há algumas produções que já estão por lá há algum tempo e que eu jamais percebi. Muitas delas, vieram de outros países, são filmes que nunca imaginaria assistir e sequer conhecia, mas que são como pedras preciosas escondidas em uma mina. Se você também, confira alguns destes títulos nesta lista.
Os sentimentos humanos afloram com muito mais força nos momentos em que, represadas, as emoções se fazem conhecer mediante as brechas do alquebrado espírito, momento em que, não raro, manifestações sobrenaturais — verdadeiras ou não — tornam-se mais frequentes. O tailandês Sittisiri Mongkolsiri se vale das fragilidades humanas em “Inhuman Kiss” (2019), conto de terror com espaço para deliberações sobre os rumos da humanidade.
