Livros

Fup, de Jim Dodge

Fup, de Jim Dodge

Uma narrativa inesperada e repleta de absurdos que mistura humor negro, criatividade surreal e personagens icônicos. Com toques de filosofia e uma crítica velada à relação entre humanos e animais, a história apresenta situações inusitadas e um vilão incomum. No centro, um velho ranzinza e seu neto distraído, acompanhados por uma figura inusitada que transforma suas vidas. A obra explora a efemeridade da vida, mesclando sorte, mistério e reviravoltas surpreendentes em uma trama ácida e divertidíssima.

As Ondas: a expressão máxima do gênio de Virginia Woolf

As Ondas: a expressão máxima do gênio de Virginia Woolf

“As Ondas”, de Virgínia Woolf, é uma experiência literária singular, desafiando as convenções da prosa tradicional e oferecendo uma meditação poética sobre o tempo, a memória e a morte. Através de monólogos interiores, Woolf constrói um mosaico coletivo da consciência humana, onde cada personagem reflete as complexidades e contradições da vida. Longe de uma simples narrativa, o romance se apresenta como uma sinfonia de vozes que se entrelaçam, explorando as marés emocionais e psicológicas da condição humana.

Nada é mais grotesco do que a indiferença

Nada é mais grotesco do que a indiferença

Rabada, o novo livro de contos de Alessandro Araujo, chega como uma obra visceral, que expõe as feridas da vida urbana nas esquinas do centro de São Paulo. Em 18 contos curtos, o autor constrói um retrato fragmentado da realidade, onde violência e ternura se entrelaçam, revelando a luta pela sobrevivência e a busca por dignidade. Araujo, em sua terceira publicação, desenvolve uma linguagem ágil e cortante, desafiando o leitor a preencher os vazios da narrativa. A crítica social e o grotesco se fundem em histórias que provocam desconforto e reflexão.

O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar: como Mondrian e Mallarmé, entre dados e quadrados na reinvenção da leitura

O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar: como Mondrian e Mallarmé, entre dados e quadrados na reinvenção da leitura

Julio Cortázar, é um marco na literatura mundial, desafiando as convenções narrativas tradicionais com sua estrutura fragmentada e múltiplas possibilidades de leitura. Ao permitir que o leitor escolha diferentes sequências de capítulos, a obra se torna uma metáfora da própria existência humana, marcada pela incerteza e pela busca incessante por sentido. O protagonista, Horacio Oliveira, reflete essa inquietação ao oscilar entre o racional e o instintivo, o caos e a ordem, em uma jornada filosófica profunda. Cortázar utiliza o romance como um jogo, em que cada salto entre capítulos reflete uma tentativa de compreender a vida moderna. Assim, o leitor não apenas acompanha a trama, mas participa ativamente na construção de seus significados.

Raphael Montes: virem a página com frio na espinha, moçada, mas com a cabeça no lugar Foto / Victor Prataviera

Raphael Montes: virem a página com frio na espinha, moçada, mas com a cabeça no lugar

A literatura de terror tem o poder de nos levar a um lugar sombrio, onde nossas emoções mais profundas são testadas. No Brasil, esse gênero literário é menos explorado, mas Raphael Montes surge como uma exceção promissora. Seus livros, recheados de suspense psicológico e reviravoltas surpreendentes, têm conquistado um público cada vez maior. No entanto, suas obras também apresentam desafios que, ao serem superados, podem consolidar ainda mais seu nome no cenário literário. Em um panorama de poucas vozes no gênero, Montes busca seu espaço com intensidade e apelo midiático.