Filmes

A gente sabe que você já começou a última segunda-feira pensando no final de semana. Afinal, nada como ter dois dias livres para dormir até mais tarde, não ter obrigação com absolutamente nada, poder sair com os amigos, relaxar e ver um bom filminho em casa. O problema é que muitas vezes, quando chega a hora de ver o filme, você não sabe o que assistir e acaba gastando muito tempo procurando. Então, acompanhe essa lista e pegue dicas do que ver com a Revista Bula!

Uma amnésia provocada por um trauma misterioso vira a maior provação da vida de um sujeito duelando com o que sabe acerca de si próprio em “Blackout” (2022), trabalho engenhoso de Sam Macaroni no qual o diretor esquadrinha as conjunturas que poderiam explicar a queda desse homem num abismo tão profundo, e o porquê de não ser capaz de deixá-lo.

Alguns dos empecilhos da vida em sociedade vêm sob a forma de metáforas cuidadosamente trabalhadas em “Esperando os Bárbaros” (2019), discurso límpido em defesa da democracia e das liberdades individuais, malgrado ressalte que fazer essa engrenagem rodar nunca seja tão simples assim. O colombiano Ciro Guerra se ampara no texto de um gigante a fim de encampar as teses que considera fundamentais para o bom entendimento entre os povos.

“A Escola do Bem e do Mal” (2022) tem o poder de remeter quem assiste às suas melhores experiências — vividas, por óbvio, na infância, o tempo mágico por excelência de todos nós. O roteiro, do diretor Paul Feig e David Magee, tem o condão de aumentar e contrair as possibilidades de um desfecho ou trágico ou cheio de eventos tolamente felizes, ambos os cenários muito oportunos para uma trama que faz questão de fugir da dureza cinzenta da realidade.

A arte, ao contrário do jornalismo, não precisa ser imparcial ou indiferente. Aliás, a arte nunca foi indiferente. Mas é importante que novos roteiristas e diretores usem seu poder de fala para expressar o que é silenciado entre as minorias. Em “Queen & Slim”, filme que surgiu na época do movimento “Vidas Negras Importam”, em 2020, traz um romance envolvente, mas que é apenas pano de fundo para algo maior: a história da truculência policial, do racismo e sistema branco persecutório americano.