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“Oppenheimer” de Christopher Nolan explora a vida do físico Julius Robert Oppenheimer, responsável pela criação da bomba atômica. Este filme, ao mesmo tempo prolixo e visualmente impactante, equilibra a profundidade poética dos detalhes biográficos com a complexidade das interações humanas. Nolan retrata Oppenheimer como um estudante inicialmente desajeitado que, através de esforço próprio, se torna uma figura central na ciência do século 20.

Ao longo dos 38 minutos iniciais de “O Sabor da Vida”, o vietnamita Tran Anh Hung mostra a silenciosa atração entre um gastrônomo francês, atividade que precedeu os chefs premiados de hoje, e sua talentosa cozinheira, uma artista que parece flutuar por sobre panelas e caldeirões, descascando legumes, destrinchando marrecos e temperando vitelas como se dissesse poemas de Victor Hugo (1802-1885) ou estrelasse uma comédia de Molière (1622-1673).

“Asteroid City” (2021), dirigido por Wes Anderson, é um filme de ficção científica com uma abordagem metaficcional. A história segue a família Steenbeck, cujo carro quebra na desértica Asteroid City. Enquanto participam de um evento de astronomia, eles enfrentam a difícil tarefa de lidar com a morte da mãe. Com sua estética retrô e uma variedade de personagens excêntricos, o filme explora as complexidades das relações humanas em um cenário surreal.

“Sem Fôlego” não trata exatamente desse tempo mágico do cinema, mas poucos diretores sabem como ser nostálgicos exaltando a pieguice daquela bela época como Todd Haynes. Aqui, Haynes arrisca-se a cantar outros amores, que também sabem florescer, como a rosa no campo antes ressequido dos ventos da estiagem, e se o amor é verdadeiro, não tarda a vir uma torrente de outros sentimentos, até os tóxicos, para empregar uma palavra da moda.