4 livros brasileiros elogiados porque ninguém quer parecer burro
Alguns livros são tão densos, tão labirínticos, tão cuidadosamente intransitivos, que a simples ideia de dizer “não entendi” soa como heresia cultural. Eles não se entregam ao leitor — exigem dele uma espécie de fé intelectual e uma disposição rara para o desconforto. Quem não compreende, elogia. Quem compreende, elogia com medo. No fim, todo mundo finge naturalidade diante da complexidade, como quem disfarça um tropeço com pose. E talvez, só talvez, esse seja o verdadeiro elogio: não à clareza, mas àquilo que não se deixa possuir.