Livros

4 livros que ficaram mais de 550 dias entre os mais vendidos — e ainda hipnotizam leitores no mundo todo

4 livros que ficaram mais de 550 dias entre os mais vendidos — e ainda hipnotizam leitores no mundo todo

É importante dizer: nenhuma dessas obras carrega o peso crítico das grandes revoluções literárias. Não são livros celebrados nas universidades, nem costumam figurar em listas de prêmios. Estão longe da experimentação formal, da densidade filosófica, da literatura que tensiona o pensamento. São, em essência, livros de acesso rápido — histórias que tocam, que confortam, que espelham dilemas humanos em linguagem decifrável. E talvez seja justamente por isso que ficaram tanto tempo no topo.

4 livros que você lê em silêncio — mas eles gritam por dentro o tempo todo

4 livros que você lê em silêncio — mas eles gritam por dentro o tempo todo

Há livros que passam por nós como a brisa de uma tarde irrelevante. E há os outros. Os que não se anunciam em voz alta, mas escavam território interno como uma mão invisível que encontra, sem pedir licença, tudo o que você havia enterrado sob o verniz da racionalidade. Esses livros não gritam nas páginas. Eles preferem sussurrar entre as costelas. E é exatamente por isso que, ao lê-los, algo em você começa a vibrar como se estivesse sendo observado por dentro — por palavras que nunca disseram o seu nome, mas sabem exatamente onde você se esconde.

O livro que colocou Deus, o diabo e a culpa no mesmo tribunal — e fez do leitor o réu

O livro que colocou Deus, o diabo e a culpa no mesmo tribunal — e fez do leitor o réu

Todo escritor fala de si mesmo, em maior ou menor grau, seja lá a que contexto esteja se referindo a narrativa. Dostoiévski foi um homem dado a paixões e cheio de ímpetos. O hábito de ler em voz alta textos de teor niilista, materialista e de natureza iconoclasta em geral acabou por traí-lo. Em 23 de abril de 1849, ele foi encarcerado e posteriormente conduzido à fortaleza de São Pedro e São Paulo. Foi aí que começou a nascer “Os Irmãos Karamázov”.

O livro mais perturbador da história nasceu em 1866 — e ainda assombra leitores em 2025

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Dostoiévski é pop, ou, melhor, Dostoiévski continua pop. De quando em quando, o russo sai do ostracismo a que a ignorância pós-moderna o condena e vira tema de filmes, peças de teatro, letras de músicas, exposições — ainda que nem sempre à altura de seu gênio. Dostoiévski talvez seja dos escritores mais aferrados à dúvida de que se tem conhecimento, e tudo nele remonta a incertezas atávicas, as mesmas que sustentam e arrasam o espírito do homem desde o princípio dos tempos. Obras-primas a exemplo de “Crime e Castigo” podem aparentemente sumir, mas voltam antes do que se espera, ainda mais vigorosas, porque sempre há de existir em alguma parte uma alma que sofre.