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Eleito um dos melhores filmes de todos os tempos, clássico de Roberto Benigni está de volta à Netflix Divulgação / Melampo Cinematografica

Eleito um dos melhores filmes de todos os tempos, clássico de Roberto Benigni está de volta à Netflix

Imaginativo, incômodo, sentimental sem nunca ser piegas, “A Vida É Bela” segue provocando tanto encantamento quanto rejeição quase três décadas após sua estreia. O que Roberto Benigni fez em 1997 foi mais do que um filme sobre o Holocausto: foi uma tentativa de suspender, por amor, o peso da realidade. A ideia de que o riso pode coexistir com o horror ainda incomoda muita gente. Mas talvez o desconforto seja parte da força do filme. Porque ao preservar a inocência de uma criança diante da barbárie, Benigni tocou num ponto que nenhum prêmio seria capaz de conter.

Agatha Christie aplaudiria de pé: o último grande suspense do cinema voltou à Netflix Claire Folger / Distribution Company

Agatha Christie aplaudiria de pé: o último grande suspense do cinema voltou à Netflix

Rian Johnson mergulha no whodunnit tradicional apenas para subvertê-lo com inteligência narrativa e personagens afiados como facas — ou como herdeiros mimados. O filme parte de um assassinato aparentemente resolvido e transforma a revelação precoce do crime em combustível para uma investigação sobre classe, privilégio e hipocrisia. Com direção inventiva e um elenco afiado, Johnson constrói um quebra-cabeça envolvente que entretém e provoca em igual medida, tornando o filme uma joia moderna do gênero.

10 filmes na Netflix que juntos ganharam 49 Oscars Alison Rosa / Fox Searchlight

10 filmes na Netflix que juntos ganharam 49 Oscars

Quarenta e nove Oscars. Dez filmes. Todos disponíveis agora na Netflix. Não é coincidência, é um recorte informal da história do cinema feito de épicos, fábulas e experimentos que permaneceram. De “Tubarão” a “Oppenheimer”, passando por “Birdman”, “Chicago”, “Gladiador” e outros títulos que deixaram marcas visíveis e invisíveis. Filmes que venceram prêmios, mas também resistiram ao tempo, alguns discretos, outros ruidosos. Um catálogo momentâneo que oferece, sem aviso, a chance de reencontrar o que talvez tenhamos esquecido: o impacto que um grande filme pode causar.

5 faroestes que valem cada milésimo de segundo do seu tempo Divulgação / TriStar Pictures

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Seus filmes celebraram o pioneirismo americano na conquista do território e a masculinidade heroica, definindo estética, figurino, cor e etnia de vilões e mocinhos. Inicialmente, o gênero servia como símbolo do colonialismo americano, colocando o homem branco como herói enquanto os “outros” — indígenas, mexicanos ou forasteiros — eram retratados como inimigos. Mas, nos anos 1950, houve uma virada: dilemas morais e heróis mais complexos passaram a permear o gênero.

Últimas semanas para assistir: o maior faroeste da história do cinema será removido da Netflix Divulgação / Paramount Pictures

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Quanto mais o tempo passa, mais se tem clara a superioridade artística de Sergio Leone. Em “Era uma Vez no Oeste”, o diretor extrai poesia da vastidão árida do Velho Oeste e dos sujeitos coléricos que a habitam. É o filme em que melhor alia a tensão dramática ao deslizar melífluo das horas. A trilha de Ennio Morricone, as atuações de Claudia Cardinale, Charles Bronson e Henry Fonda, e um roteiro que atravessa juras de morte, adultérios e vinganças fazem deste western uma aula de cinema. Sai da Netflix em breve. Restam poucos dias para assistir.